Norte-americana que combatia com os rebeldes morta na Síria

Mulher natural do Michigan morta com dois outros estrangeiros, anuncia televisão síria. Família confirmou identidade de Nicole Lynn Mansfiled, de 33 anos

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Edifícios destruídos pela aviação de Assad em Idlib Muzaffar Salman/REUTERS

Nicole Lynn Mansfield, de 33 anos, converteu-se ao islão há cinco anos, depois de se casar com um árabe, de quem se divorciou há três anos. Esteve algum tempo no Dubai, e passou a cobrir a cabeça. Tem uma filha de 18 anos, contou a tia, Monica Mansfield Speelman, ao jornal Detroit Free Press.

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Nicole Lynn Mansfield, de 33 anos, converteu-se ao islão há cinco anos, depois de se casar com um árabe, de quem se divorciou há três anos. Esteve algum tempo no Dubai, e passou a cobrir a cabeça. Tem uma filha de 18 anos, contou a tia, Monica Mansfield Speelman, ao jornal Detroit Free Press.

A morte foi anunciada pela televisão síria, que disse que ela tinha uma bandeira dos radicais islâmicos da Frente Al-Nusra com ela. Foi ainda mostrado um documento com uma foto de uma mulher envolta num lenço preto – a sua carta de condução.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização com sede em Londres, disse ao jornal The Times que um britânico foi morto em Idlib na quarta-feira. E a televisão síria anunciou que um britânico foi morto juntamente com a norte-americana. Sobre o terceiro ocidental não se sabe ainda mais nada.

Sabe-se, no entanto, que há pelo menos centenas de europeus a combater na Síria neste momento. Um estudo do King’s College de Londres divulgado no início de Abril contabilizava 600 pessoas, de 14 países, que tinham partido para participar na guerra civil síria desde 2011.

Os europeus representavam entre 7% e 11% do contingente estrangeiro na Síria, que oscilava entre 2000 e 5500 pessoas, escrevia o Guardian, citando o estudo coordenado por Peter Neumann, do Centro Internacional para o Estudo da Radicalização.

O país que mais combatentes enviou para o levantamento contra o regime de Assad foi o Reino Unido, seguido de França (entre 30 e 92), Bélgica (entre 14 e 85) e Holanda (entre 5 e 107). Outras nações mencionadas são a Albânia, a Finlândia e o Kosovo. A grande variação nos números tem a ver com a credibilidade dos casos encontrados.