Israel ataca alvos militares na Síria pelo segundo dia consecutivo

Alvo foi um centro militar de investigação em Damasco suspeito de estar relacionado com armas químicas. O Governo israelita não comenta.

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Imagens divulgadas na Internet mostra várias explosões Reuters

O alvo, segundo órgãos de comunicação social da Síria e o canal de televisão Al-Jazira, foi um centro militar de investigação em Jamraya, a norte do centro de Damasco e a 15 quilómetros da fronteira com o Líbano. Israel já em Janeiro atacado o centro onde estariam armazenados mísseis iranianos destinados à milícia islamista xiita Hezbollah, baseada no Sul do Líbano. O local também é apontado por serviços secretos ocidentais como um potencial centro de investigação sobre armas químicas.

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O alvo, segundo órgãos de comunicação social da Síria e o canal de televisão Al-Jazira, foi um centro militar de investigação em Jamraya, a norte do centro de Damasco e a 15 quilómetros da fronteira com o Líbano. Israel já em Janeiro atacado o centro onde estariam armazenados mísseis iranianos destinados à milícia islamista xiita Hezbollah, baseada no Sul do Líbano. O local também é apontado por serviços secretos ocidentais como um potencial centro de investigação sobre armas químicas.

Vídeos divulgados na Internet mostram uma série de explosões, que iluminaram a noite de Damasco e lançaram no ar grandes colunas de fumo.

Os media sírios, estatais, confirmaram que os israelitas atacaram um centro de investigação "militar e científico" e disseram que morreram várias pessoas. "Este novo ataque de Israel é um atentativa para levantar a moral dos grupos terroristas que têm estado a ser debilitados pelo nosso nobel exército", disse o apresentador da televisão síria, referindo-se às recentes ofensivas das forças do regime contra a oposição armada, ou seja, colocando Israel a realizar ataques destinados a influenciar a guerra civil síria. 

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a escala dos ataques está além da capacidade militar dos rebeldes que há dois anos lutam contra o regime do Presidente Bashar al-Assad, numa guerra civil que já fez 70.000 mortos.

Este foi o terceiro ataque de Israel contra alvos sírios este ano. Além do ataque de Janeiro, uma carregamento de armas para o Líbano também foi alvo dos caças israelitas na noite de sexta-feira para sábado.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem mantido o silêncio em relação a estas acções. Este domingo, voltou a não referir-se ao assunto numa cerimónia pública na qual uma auto-estrada recebeu o nome do seu pai, Benzion Netanyahu, que morreu no ano passado. “[O meu pai] ensinou-me que a nossa maior responsabilidade é garantir a segurança e o futuro de Israel”, afirmou porém.

Já o Irão condenou os ataques, dizendo que são parte dos esforços de Israel em provocar a instabilidade e o insegurança na região, segundo a agência de notícias iraniana Fars.