Casa Branca diz que sem provas credíveis sobre armas químicas na Síria não toma decisões

Não há provas suficientes sobre o uso de armas químicas na Síria, afirmam os EUA.

Foto
Chuck Hagel, secretário da Defesa dos EUA Yuri Gripas/REUTERS

"Perante o que está em causa, e pelo que aprendemos de experiências recentes, dados dos serviços secretos não bastam, só factos credíveis e corroborados poderão guiar-nos na tomada de decisões", escreveu num documento citado pela Reuters Miguel Rodriguez, director do departamento legislativo da Casa Branca.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Perante o que está em causa, e pelo que aprendemos de experiências recentes, dados dos serviços secretos não bastam, só factos credíveis e corroborados poderão guiar-nos na tomada de decisões", escreveu num documento citado pela Reuters Miguel Rodriguez, director do departamento legislativo da Casa Branca.

Pouco antes deste documento destinado ao Capitólio (sede do legislativo) ter sido divulgado, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, confirmara aos jornalistas que os serviços secretos americanos confirmaram o uso, por parte do governo sírio de armas químicas na guerra que trava com a oposição, mas "em pequenas quantidades".

Hagel explicou que determinar sobre o uso de armas químicas é "um assunto muito sério" e que a decisão não pode ser tomada apenas na base do que outros países dizem. Na segunda-feira, o Governo de Israel noticiou que o governo sírio estava a usar armas químicas, a França e a Grã-Bretanha sugeriram o mesmo - os EUA tinham advertido que o uso deste tipo de armas seria inaceitável e significaria o pisar da "linha vermelha" por parte do regime de Bashar al-Assad que há quase dois anos trava uma guerra civil contra os opositores.

"A linha vermelha traçada pelo Presidente Obama parece ter sido atravessada", disse ao New York Times Martin S. Indyk, ex-embaixador dos Estados Unidos em Israel. "É preciso pensar bem no que fazer. Mas se ficar a impressão de que o Presidente não está disposto a fazer cumprir a interdição desta linha vermelha, isso terá consequências na região, em especial quanto ao programa nucelar iraniano", disse.

Na Síria, ambos os lados do conflito acusaram-se mutuamente do uso de armas químicas na cidade de Alepo no mês passado. No ano passado o Governo de Assad reconhecer ter armas químicas e biológicas.