Obama corta 5% no seu salário em solidariedade com os funcionários públicos

Com a redução salarial, o Presidente procura acompanhar o corte automático na despesa de alguns serviços públicos.

Foto
O corte proposto por Obama tem efeito retroactivo a 1 de Março Jewel Samad/AFP

A decisão tem efeito retroactivo a 1 de Março, altura em que foram accionados cortes no valor de 85 mil milhões de dólares (66.261 milhões de euros, ao câmbio actual) até Setembro, num episódio que ficou conhecido como o “sequestro”, por falta de entendimento para um acordo orçamental entre democratas e republicanos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A decisão tem efeito retroactivo a 1 de Março, altura em que foram accionados cortes no valor de 85 mil milhões de dólares (66.261 milhões de euros, ao câmbio actual) até Setembro, num episódio que ficou conhecido como o “sequestro”, por falta de entendimento para um acordo orçamental entre democratas e republicanos.

Obama recebe um salário anual bruto de 400 mil dólares (311 mil euros), o que significa que o corte de 5% corresponde a 20 mil dólares (15.590 euros). Segundo a Reuters, a redução é idêntica ao corte nos serviços públicos que estão fora da alçada do Departamento de Defesa.

“O Presidente decidiu que, para partilhar os sacrifícios feitos pelos funcionários públicos do Governo federal afectado pelo sequestro, irá devolver uma parte do seu salário ao Tesouro”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, cita a mesma agência.

O corte voluntário do Presidente norte-americano é conhecido depois de o secretário de Defesa, Chuck Hagel, anunciar a intenção de devolver parte do salário ao Estado, num montante equivalente a 14 dias de trabalho.

Os cortes automáticos que entraram em vigor a 1 de Março resultam de um acordo, alcançado entre a Casa Branca e a oposição republicana em 2011, que permitiu o aumento do tecto da dívida pública.

Como contrapartida, as partes acordaram um plano de redução da despesa com uma cláusula que accionaria, ao fim de algum tempo, cortes automáticos se as partes não chegassem acordo. Foi o que aconteceu, entrando em vigor medidas automáticas de redução da despesa que o Governo prevê que tenham um impacto negativo no PIB de 0,6 pontos percentuais.