Papa vai ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude
Francisco fez o anúncio na homilia da missa deste domingo de Ramos, na Praça de São Pedro, em que falou da sua intenção de levar a Igreja Católica até aos mais pobres e aos que sofrem.
"Não podes levá-lo contigo", disse Francisco, referindo-se ao dinheiro, e citando o que dizia a sua avó. Deixou de lado o discurso escrito da homília e dirigiu-se aos fiéis na Praça de São Pedro, cerca de 250 mil pessoas segundo a agência Reuters.
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"Não podes levá-lo contigo", disse Francisco, referindo-se ao dinheiro, e citando o que dizia a sua avó. Deixou de lado o discurso escrito da homília e dirigiu-se aos fiéis na Praça de São Pedro, cerca de 250 mil pessoas segundo a agência Reuters.
“Caros amigos, eu também me ponho na estrada convosco, seguindo os passos dos benditos João Paulo II e Bento XVI. Estamos a aproximar-nos da etapa seguinte dessa grande peregrinação da Cruz de Cristo”, disse, dirigindo-se aos jovens que na Praça de São Pedro assistiam à primeira missa de Ramos celebrada pelo novo Papa.
“Olhem à nossa volta, as feridas que o mal inflige à humanidade. Guerras, violência, conflitos económicos que atingem os mais fracos, por causa da sede de dinheiro, de poder, a corrupção, as divisões, os crimes contra a vida humana e contra a criação”, acrescentou. “Todos nós podemos vencer o mal que está em nós e no mundo (…) e não devemos ter medo de sairmos de nós mesmos para ir ao encontro dos outros.”
Durante a homilia, apelou aos fiéis a estarem felizes. “Nunca sejam homens e mulheres tristes: um cristão nunca pode estar triste. Nunca se deixem levar pelo desânimo. A nossa alegria não é uma alegria que nasce em ter muitas coisas, mas do facto de termos encontrado Jesus.”
Francisco deu início à cerimónia deste domingo dando várias voltas à Praça de São Pedro com o papamóvel aberto, sem o vidro à prova de bala. Por ser Domingo de Ramos, as pessoas levam palmas e ramos de oliveira, símbolos de paz e de esperança - a festa de hoje comemora a entrada de Jesus em Jerusalém, cinco dias antes de ser morto.
O Papa confirmou ainda a sua viagem ao Rio de Janeiro, da qual a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, já tinha falado, sem que o Vaticano a tivesse confirmado. “Vejo com alegria o próximo Julho, no Rio de Janeiro. Devo encontrar-vos de novo nessa grande cidade do Brasil. Preparem-se bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que essa reunião seja um sinal de fé para o mundo inteiro”, acrescentou.