Nove acusados de homicídio por tragédia na discoteca Kiss, no Brasil

Entre os arguidos está o vocalista da banda que actuava naquela noite, que lançou o very-light que causou o incêndio, os responsáveis da discoteca e dois bombeiros.

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O exterior da discoteca depois do incêndio, em Janeiro EDISON VARA/REUTERS

Entre os acusados estão dois músicos da banda Gurizada Fandangueira, que actuou na noite do acidente, cinco responsáveis do espaço e os dois bombeiros que concederam a licença de funcionamento à discoteca.

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Entre os acusados estão dois músicos da banda Gurizada Fandangueira, que actuou na noite do acidente, cinco responsáveis do espaço e os dois bombeiros que concederam a licença de funcionamento à discoteca.

Segundo a polícia, o que esteve na origem do incêndio foi o very-light lançado pelo vocalista da banda, Marcelo Jesus dos Santos, um dos acusados. As faíscas incendiaram o tecto, revestido por um material inflamável. Depois “o fumo espalhou-se por todo o lado e provocou o caos”, explicou o comissário Marcelo Arigony em conferência de imprensa.

As saídas da discoteca não estavam sinalizadas e existia apenas uma de emergência. Além disso, havia barreiras que obrigavam as pessoas a abandonar o espaço em fila. O resultado foi a morte por asfixia da maior parte das 241 vítimas do acidente, do qual resultaram também 623 feridos.

O relatório que a polícia brasileira entregou nesta sexta-feira à justiça tem 13 mil páginas, com base em 800 testemunhas. Além dos arguidos, a polícia considera que um total de 28 pessoas, entre as quais está o próprio prefeito Cezar Schilmer, são civilmente responsáveis pela tragédia que ocorreu na discoteca Kiss, em Janeiro.