Presidente da Cáritas pede “reforço urgente” do orçamento para a Segurança Social

Eugénio Fonseca lembra que as situações de pobreza vão aumentar com o crescimento do desemprego anunciado na sequência da sétima avaliação da troika.

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Pessoas são mais solidárias em horas difíceis, acredita responsável da Cáritas Manuel Roberto

À margem do Conselho-Geral da Cáritas, que decorre em Bragança, Eugénio Fonseca especificou, em declarações ao PÚBLICO, que não pede apoio para as instituições, mas sim o aumento das verbas disponibilizadas aos centros distritais de solidariedade e segurança social para estes possam fazer face a situações de emergência. Reclamou, ainda, “uma maior e mais estreita articulação entre as instituições de solidariedade social, que conhecem o terreno, e aqueles centros, que podem conceder os chamados subsídios eventuais, para pagamento de medicamentos, rendas ou electricidade”.

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À margem do Conselho-Geral da Cáritas, que decorre em Bragança, Eugénio Fonseca especificou, em declarações ao PÚBLICO, que não pede apoio para as instituições, mas sim o aumento das verbas disponibilizadas aos centros distritais de solidariedade e segurança social para estes possam fazer face a situações de emergência. Reclamou, ainda, “uma maior e mais estreita articulação entre as instituições de solidariedade social, que conhecem o terreno, e aqueles centros, que podem conceder os chamados subsídios eventuais, para pagamento de medicamentos, rendas ou electricidade”.

“Estou mais do que surpreendido, estou desiludido e preocupado com o anúncio do aumento da recessão e do desemprego, na sequência da sétima avaliação da troika. Esperávamos um abrandamento das consequências da crise e confrontamo-nos com o seu agravamento, num momento em que não podemos fazer mais”, lamentou o presidente da Cáritas.

Fez questão de frisar que “o apoio que o Governo tem dado às instituições é de louvar” e que “sem ele muitas já teriam fechado portas”. Mas também que há muito que a Cáritas que está a responder “aos mínimos”, a menos de metade da totalidade dos pedidos que recebe. “Já não conseguimos responder a toda a gente, nem a todos os problemas daqueles que conseguimos atender”, afirmou, em declarações à Lusa, explicando que a instituição tem feito “a priorização daquilo que são as necessidades mais elementares”.