Kim Jong-un identificou o primeiro alvo de um possível ataque contra a Coreia do Sul

Tensão crescente na península coreana. “Depois de ser dada a ordem, devereis torcer as costas aos inimigos, abrir-lhes as goelas, mostrar-lhes claramente o que é uma verdadeira guerra”, declarou Kim Jong-un.

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Soldados sul-coreanos junto à fronteira marítima, no domingo Reuters

A decisão foi anunciada pela agência estatal da Coreia do Norte, após uma visita de Kim Jong-un a casernas do Exército nacional perto da fronteira, no mesmo dia em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram manobras militares conjuntas.

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A decisão foi anunciada pela agência estatal da Coreia do Norte, após uma visita de Kim Jong-un a casernas do Exército nacional perto da fronteira, no mesmo dia em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram manobras militares conjuntas.

“Depois de ser dada a ordem, devereis torcer as costas aos inimigos, abrir-lhes as goelas, mostrar-lhes claramente o que é uma verdadeira guerra”, declarou Kim Jong-un, citado pela agência KCNA. O Presidente da Coreia do Norte denunciou o armistício assinado pelos dois vizinhos em 1953, pondo fim à guerra da Coreia, e avisou os Estados Unidos para o risco de um “ataque nuclear preventivo” por causa da sua actividade militar na região.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul confirmou que a ilha identificada pelo líder norte-coreano já se encontra em estado de alerta total, com os abrigos militares abertos e acessíveis a todos os residentes. “Não se pode falar de um êxodo maciço para o continente da população em pânico, mas as pessoas estão um pouco amedrontadas”, reconheceu um dos dirigentes da ilha, Kim Young-Gu.

O porta-voz do ministério, Kim Min-Seok, disse à AFP que Seul estava atenta e preparada a reagir militarmente à “pressão psicológica” de Pyongyang. “Se o Norte nos provocar, responderemos de maneira a causar-lhes danos profundos”, prometeu.