Seguro afirma que Portugal está pior agora do que no início da crise

Líder do PS reafirma oposição ao corte na despesa do Estado e afirma que Passos Coelho está isolado face a um consenso nacional contra mais austeridade.

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Seguro disse ter tido "em conta" as posições dos socialistas sobre uma moção de censura Rui Gaudêncio

Referindo-se ao corte de 4000 milhões de euros na despesa do Estado, Seguro reafirma que não aceitará mais medidas de austeridade e acusa o primeiro-ministro de “incompetência” e de “estar isolado” face a um consenso dentro sociedade portuguesa de que é necessária uma alternativa.

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Referindo-se ao corte de 4000 milhões de euros na despesa do Estado, Seguro reafirma que não aceitará mais medidas de austeridade e acusa o primeiro-ministro de “incompetência” e de “estar isolado” face a um consenso dentro sociedade portuguesa de que é necessária uma alternativa.

Esta alternativa, defende António José Seguro, passa por alterar o caminho da consolidação orçamental para uma política de investimento e criação de emprego. “Este é o momento em que o Governo tem de ouvir e dar razão ao PS, há mais de um ano e meio que tenho dito que temos de ter uma estratégia credível de consolidação das contas públicas, dando prioridade ao crescimento económico e à criação de emprego”, afirma.

Na mensagem, António José Seguro reconhece que “o caminho é difícil”, vincando, contudo, que não se resigna “a este caminho de empobrecimento”.  

"Quando o primeiro-ministro diz que estamos no caminho certo isso não é só impreparação, isso é incompetência, inconsciência e falta de respeito para com os portugueses", adianta ainda o líder do PS.  

De acordo com a mensagem de António José Seguro, o consenso em torno da necessidade de uma alternativa é partilhado “desde o Presidente da Rpública aos parceiros sociais”. Quem está isolado, sustenta Seguro, é o primeiro-ministro.

Alternativas do Partido Socialista
No novo espaço de antena, o líder do maior partido da oposição avança ainda com o pacote de cinco medidas anunciado no Parlamento pelo Partido Socialista.

Entre estas propostas, Seguro realça a redução do IVA para a restauração, o aumento do salário mínimo e pensões mais baixas, e a criação de um banco de fomento que, com a utilização de fundos estruturais, possa apoiar pequenas e médias empresas.

Seguro aponta ainda para um programa de formação profissional de desempregados e para a criação de um plano de reabilitação urbana que privilegie a eficiência energética.