Avó protesta numa grua porque quer voltar a ver a neta

Depois de Serge, em Fevereiro, é a vez de April manifestar-se, em França, por não poder estar com a neta.

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April Reiss exige ver a neta de seis anos AFP

No cimo da grua, April estendeu o seu cartaz de protesto onde se lê: "Rose, dois anos sem a sua avó". April replicou a forma de protesto de Serge, pai proibido de ver o filho, que subiu a uma grua, em Nantes, onde esteve pelo menos quatro dias.

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No cimo da grua, April estendeu o seu cartaz de protesto onde se lê: "Rose, dois anos sem a sua avó". April replicou a forma de protesto de Serge, pai proibido de ver o filho, que subiu a uma grua, em Nantes, onde esteve pelo menos quatro dias.

"Tenho uma decisão do tribunal que me é favorável e me autoriza a ver a minha neta Rose, de seis anos, mas a mãe não me deixa", explica a avó ao telefone com a AFP. "Não sou louca, mas amo profundamente a minha neta e já não tenho esperança na justiça", acrescenta.

Segundo o procurador da República de Privas, o pai de Rose, de nacionalidade franco-americana, foi considerado culpado de agressão sexual à própria filha. O procurador Dominique Sénéchal compreende o receio da mãe da menina de que a avó paterna a visite.

O procurador confirma que a avó viajou propositadamente de Portland, Maine, nos EUA, para ver a neta e obteve uma autorização do tribunal de Privas para fazê-lo de 23 de Fevereiro até amanhã. Segundo o procurador, no direito de visita não foi acordado que o pai, Scott Reiss, também pudesse ver a criança.

"Compreende-se que a mãe, com medo, tenha desaparecido", ao saber que a avó não era a única que veria a criança mas que poderia fazer-se acompanhar de Scott, continua o procurador, reconhecendo que desconhece o paradeiro da mãe e da criança. A mãe é belga mas vive em França e fez um apelo ao tribunal que deverá rever este caso em Junho.

O procurador assegurou ainda que não vai ceder à pressão de April Reiss.