Jerónimo de Sousa critica silêncio de Cavaco Silva

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Jerónimo de Sousa disse que alguns responsáveis europeus são "cavaleiros do apocalipse" Nuno Ferreira Santos/Arquivo

"O PS e o seu governo preferiram chamar PSD e CDS, os seus companheiros de caminho e de alternância de 36 anos de política de direita e da crise e, concertados, impor ao país com eleições à vista, um inaceitável pacto com a troika estrangeira contra o povo e o país. A eles [PS/PSD/CDS] se associou o Presidente da República”, declarou Jerónimo de Sousa.

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"O PS e o seu governo preferiram chamar PSD e CDS, os seus companheiros de caminho e de alternância de 36 anos de política de direita e da crise e, concertados, impor ao país com eleições à vista, um inaceitável pacto com a troika estrangeira contra o povo e o país. A eles [PS/PSD/CDS] se associou o Presidente da República”, declarou Jerónimo de Sousa.

“Um Presidente da República que vem agora reafirmar esses compromissos escrevendo e dizendo que manteve a prudência e o silêncio em nome da estabilidade política, omitindo que aquilo que estava, e está, obrigado é a cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”, prosseguiu.

O secretário-geral comunista participou na Maia, Porto, no comício comemorativo do 92.º aniversário do Partido Comunista Português (PCP), onde fez uma intervenção lendo 10 páginas de texto e onde analisou o estado do país e criticou os "36 anos de política direita".

No prefácio do livro Roteiro VII, que assinala o segundo aniversário na tomada de posse do seu segundo mandato em Belém e que está disponível no ‘site' da Presidência da República, o chefe de Estado fala sobre a actuação do Presidente da República em tempos de crise, dividindo o "guião" em dois planos: interno e externo.

Cavaco Silva defende que a situação do país impõe que o Presidente da República não se deixe influenciar pelo ruído mediático ou pressões, nem se deixe arrastar por pulsões emocionais ou afectar pelas tensões que surgem nos tempos de crise.

Durante a sua intervenção, Jerónimo de Sousa homenageou hoje Álvaro Cunhal, que se estivesse vivo faria este ano 100 anos, lembrando-o como uma referência na “luta pelos valores da emancipação social e humana no país e no mundo.