Obras condicionam trânsito na Cidade Universitária em Lisboa

Intervenção, a cargo da Câmara, foi uma das vencedoras do Orçamento Participativo em 2011 e vai custar 800 mil euros.

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A intervenção, no valor de 800 mil euros, vai proibir o atravessamento entre o Campo Grande, a Avenida Prof. Gama Pinto e a Avenida Lusíada, segundo um comunicado emitido pela Reitoria da Universidade de Lisboa (UL).

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A intervenção, no valor de 800 mil euros, vai proibir o atravessamento entre o Campo Grande, a Avenida Prof. Gama Pinto e a Avenida Lusíada, segundo um comunicado emitido pela Reitoria da Universidade de Lisboa (UL).

Está prevista a criação de uma praça central na Alameda da Universidade, no lugar do actual parque de estacionamento da Reitoria. “Vamos arranjar lugares de estacionamento noutros locais do Campus”, garante David Xavier, administrador da UL.

As obras, a cargo da Câmara de Lisboa, deverão também melhorar a mobilidade pedonal. Serão colocadas árvores na Alameda da Universidade e criada uma esplanada junto à Faculdade de Direito.

 “A Alameda não tem vida”, lamenta David Xavier, sublinhando que este projecto foi pensado com o objectivo de levar mais pessoas àquela zona que está “completamente despida”.

“Achamos que o Campus deve ser integrado, não deve ser apenas um local de estacionamento ou de atravessamento”, afirma, acrescentando que esta intervenção deverá também diminuir o "estacionamento selvagem". As obras vão diminuir o tráfego automóvel na Alameda, passando esta a ter uma única faixa de rodagem.

A circulação de veículos que não se deslocam para a UL passa a ser proibida dentro do Campus, estando permitida apenas a ambulâncias e a transportes públicos a passagem da Alameda para a Avenida Prof. Gama Pinto. Segundo David Xavier, serão colocados sinais verticais a impedir a circulação, não estando prevista a instalação de qualquer sistema de cancelas.

O acesso ao Campo Grande, para quem se desloca da Avenida Lusíada (e vice-versa), passará a ser feito pela Avenida das Forças Armadas e pela Segunda Circular.

Este projecto foi um dos cinco mais votados na quarta edição do Orçamento Participativo de Lisboa 2011/2012, com 1672 votos. O Orçamento Participativo, que neste ano dispunha de cinco milhões de euros, é um mecanismo através do qual os munícipes podem decidir a aplicação de parte do orçamento da Câmara.