Um Álvaro Siza integral (de 1952 a 2012) para folhear em 500 páginas

Foto
Centro Meteorológico da aldeia olímpica de Barcelona DUCCIO MALAGAMBA

Será, assegura a Taschen, "o livro seminal sobre o mestre da arquitectura portuguesa": Álvaro Siza. Complete Works 1952-2013, o volume de 500 páginas que será lançado no próximo mês de Abril em edição multilíngue (português, espanhol e italiano), dá seguimento à colecção de "integrais" que a editora alemã de livros de arte tem vindo a dedicar a grandes figuras vivas da arquitectura contemporânea, acrescentando o nome do primeiro Pritzker português a uma shortlist que já incluía os japoneses Tadao Ando (Minato-ku, 1941) e Shigeru Ban (Tóquio, 1957), a iraquiana Zaha Hadid (Bagdad, 1950) e o francês Jean Nouvel (Fumel, 1945). Para preparar esta extensa monografia que inventaria todos os projectos de Álvaro Siza (Matosinhos, 1933) até à data, o editor da série de arquitectura da Taschen, Philip Jodidio, trabalhou directamente com o arquitecto, tal como tem sido regra em todos os volumes da colecção.

No seu site, onde já é possível ver um teaser do livro - podem folhear-se, entre outras, as páginas dedicadas às experiências da Igreja de Santa Maria, no Marco de Canaveses, da Piscina das Marés, em Leça da Palmeira, da Biblioteca da Universidade de Aveiro, do Pavilhão de Portugal, em Lisboa, do Bairro da Bouça, no Porto, da casa de Oudenbourg, na Bélgica, e da Fundação Iberê Camargo, no Brasil -, a Taschen salienta a "complexa simplicidade" da obra de Álvaro Siza, reiterando a declaração do júri que em 1992 lhe atribuiu o Pritzker. "Moldadas pela luz, [as formas de Siza] têm uma simplicidade ilusória; são honestas. Resolvem os problemas do desenho directamente... Essa simplicidade, contudo, após uma análise mais aproximada, revela-se uma grande complexidade. Há uma mestria subtil que subjaz ao que parecem ser criações naturais", referiu então o júri do prémio. As várias distinções que Siza recebeu antes e depois - o Prémio Mies van der Rohe da União Europeia em 1988, o Praemium Imperiale do Japão em 1997, a Medalha de Ouro da RIBA em 2009 e o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza em 2012 - confirmam-no, sublinha a editora, como uma das maiores figuras da arquitectura contemporânea, com uma obra dispersa por vários continentes.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Será, assegura a Taschen, "o livro seminal sobre o mestre da arquitectura portuguesa": Álvaro Siza. Complete Works 1952-2013, o volume de 500 páginas que será lançado no próximo mês de Abril em edição multilíngue (português, espanhol e italiano), dá seguimento à colecção de "integrais" que a editora alemã de livros de arte tem vindo a dedicar a grandes figuras vivas da arquitectura contemporânea, acrescentando o nome do primeiro Pritzker português a uma shortlist que já incluía os japoneses Tadao Ando (Minato-ku, 1941) e Shigeru Ban (Tóquio, 1957), a iraquiana Zaha Hadid (Bagdad, 1950) e o francês Jean Nouvel (Fumel, 1945). Para preparar esta extensa monografia que inventaria todos os projectos de Álvaro Siza (Matosinhos, 1933) até à data, o editor da série de arquitectura da Taschen, Philip Jodidio, trabalhou directamente com o arquitecto, tal como tem sido regra em todos os volumes da colecção.

No seu site, onde já é possível ver um teaser do livro - podem folhear-se, entre outras, as páginas dedicadas às experiências da Igreja de Santa Maria, no Marco de Canaveses, da Piscina das Marés, em Leça da Palmeira, da Biblioteca da Universidade de Aveiro, do Pavilhão de Portugal, em Lisboa, do Bairro da Bouça, no Porto, da casa de Oudenbourg, na Bélgica, e da Fundação Iberê Camargo, no Brasil -, a Taschen salienta a "complexa simplicidade" da obra de Álvaro Siza, reiterando a declaração do júri que em 1992 lhe atribuiu o Pritzker. "Moldadas pela luz, [as formas de Siza] têm uma simplicidade ilusória; são honestas. Resolvem os problemas do desenho directamente... Essa simplicidade, contudo, após uma análise mais aproximada, revela-se uma grande complexidade. Há uma mestria subtil que subjaz ao que parecem ser criações naturais", referiu então o júri do prémio. As várias distinções que Siza recebeu antes e depois - o Prémio Mies van der Rohe da União Europeia em 1988, o Praemium Imperiale do Japão em 1997, a Medalha de Ouro da RIBA em 2009 e o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza em 2012 - confirmam-no, sublinha a editora, como uma das maiores figuras da arquitectura contemporânea, com uma obra dispersa por vários continentes.