Maré Cidadã inunda as ruas contra Governo espanhol

Milhares de espanhóis aderem a acção de protesto contra o Governo, contra os despejos e a favor da saúde e educação.

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Manifestação em Madrid CESAR MANSO/AFP

Foi um verdadeiro mar de gente, em Madrid, onde os manifestantes cumpriram um longo itinerário, sempre seguidos por um forte dispositivo policial, até chegar ao Congresso Nacional, para exigir a “Demissão, demissão” do Governo de Mariano Rajoy. E também em Barcelona, numa gigantesca concentração na Praça da Catalunha, e várias outras cidades espanholas que se associaram ao protesto.

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Foi um verdadeiro mar de gente, em Madrid, onde os manifestantes cumpriram um longo itinerário, sempre seguidos por um forte dispositivo policial, até chegar ao Congresso Nacional, para exigir a “Demissão, demissão” do Governo de Mariano Rajoy. E também em Barcelona, numa gigantesca concentração na Praça da Catalunha, e várias outras cidades espanholas que se associaram ao protesto.

Aos gritos de “Tus sobres, mis recortes”, os manifestantes lembraram o escândalo de financiamento paralelo no Partido Popular do primeiro-ministro Mariano Rajoy, compararando o dinheiro distribuído pelos políticos em envelopes entregues por debaixo da mesa, e os cortes aplicados ao país.

 “Não ouvem” e “Não nos representam”, atiraram contra a câmara dos deputados, sem distinções entre a maioria no poder e os socialistas da oposição. “PP, PSOE, é a mesma merda”, lia-se nos cartazes.

 Nas duas maiores cidades, as palavras de ordem eram adaptadas à passagem pelos ministérios, bancos, escolas ou museus. Por exemplo, em frente ao Ministério da Saúde, os médicos da Maré Branca penduraram uma faixa.

A Plataforma dos Afectados pelas Hipotecas pediu um minuto de silêncio para as vítimas dos despejos. “Não são suicídios, são assassínios”, responderam os manifestantes.

Carmen Garcia explicava ao El País que os cortes do Governo ditaram o encerramento das consultas de especialidade no centro de saúde do seu bairro de Fuencarral. “Mas não foi por isso que vim. Estou aqui porque sou contra o desmantelamento do Estado social”, resumiu.