Salários caíram 16,1% no último trimestre de 2012

O indicador do custo do trabalho agrava a queda que teve no início em 2011.Quebra com mais intensidade na função pública.

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Sector da educação foi o segundo mais afectado na redução do custo do trabalho Carlos Manuel Martins

De acordo com o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicado nesta sexta-feira, os custos salariais caíram 16,1% durante este período. Já as outras despesas para os empregadores ligadas ao trabalho, como as contribuições sociais, por exemplo, sofreram uma redução de 13,2%.

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De acordo com o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicado nesta sexta-feira, os custos salariais caíram 16,1% durante este período. Já as outras despesas para os empregadores ligadas ao trabalho, como as contribuições sociais, por exemplo, sofreram uma redução de 13,2%.

A queda no custo do trabalho tem vindo a acentuar-se gradualmente desde o primeiro trimestre de 2011. Só em 2012 o indicador caiu 14,1% no terceiro trimestre, 10,3% no segundo trimestre e 7,7% nos primeiros três meses do ano.

O INE afirma que a redução dos custos com os salários no quarto trimestre de 2012 resulta, por um lado, da queda de 17% dos custos médios com o trabalho, mas também da redução de 2,4% do número de horas efectivamente trabalhadas.

A queda nos custos de trabalho notou-se particularmente na administração pública e defesa, em que baixaram 28,4% só no último trimestre de 2012. O sector da educação é o segundo mais afectado, sofrendo a segunda maior quebra, de 25% do custo do trabalho.

Só quatro das 18 áreas de trabalho consideradas pelo INE é que escaparam à redução nos custos de trabalho. Nas áreas ligadas às actividades financeiras, aos serviços administrativos, às actividades artísticas e ao sector do aquecimento e electricidade os custos com o trabalho aumentaram.

Excluindo a administração pública, os custos com o trabalho caíram apenas 5,7% e não os 14,9% globais. Fora ainda do sector do Estado, as maiores quedas no custo do trabalho sentiram-se no Norte e centro, onde o índice do INE desceu 11,4% e 9%. Só o Alentejo escapou às quedas.