Londres começou operação de charme para manter Escócia no Reino Unido

Mensagem de David Cameron na página de Internet de Downing Street apela aos escoceses com argumentos do "coração e da razão".

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Chefe do governo britânico está apostado na manutenção do Reino Unido tal como existe CHRIS YOUNG/AFP

A declaração marca o arranque de uma campanha sobre as vantagens que, no entender do executivo, os escoceses têm. O referendo sobre a independência, aceite por Londres devido à pressão de Alex Salmond, chefe do Governo de Edimburgo e líder do partido nacionalista maioritário na Escócia, está marcado para o Outono de 2014.

“Com o seu próprio Governo e Parlamento no seio do Reino Unido, os escoceses podem tomar importantes decisões sobre a sua vida quotidiana” e “sem perderem os benefícios de fazerem parte do Reino Unido, e de terem uma palavra a dizer no seu futuro”, diz o texto, colocado no domingo na página de Downing Street na Internet.

“Os nossos antepassados exploraram o mundo juntos e os nossos avós foram juntos para o campo de batalha”, diz também o primeiro-ministro, numa mensagem – “Put simply: Britain works, Britain works well. Why break it?” ("Sejamos claros: a Grã-Bretanha funciona, a Grã-Bretanha funciona bem. Porquê acabar com isso?"), em que apresenta argumentos do “coração e [da] razão”.

A declaração de Cameron surge numa altura em que o apoio às posições independentistas parece em desvantagem. Uma sondagem do instituto Angus Reid Public Opinion, realizada a 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro, indica que 32% dos escoceses votariam nesta altura pela secessão. Posição contrária foi manifestada por 47%, que se declararam favoráveis à manutenção no Reino Unido.

O Governo de Londres está mobilizado para defender o actual figurino do Reino Unido e vai, a partir de agora, segundo a BBC, explicar em pormenor as vantagens que isso representa para a população e para as empresas da Escócia.

Uma eventual independência da Escócia coloca numerosas questões. A propriedade de importantes reservas petrolíferas do mar do Norte e o futuro da Escócia no seio da União Europeia são duas delas, como notou a AFP.

Um relatório encomendado pelo Governo escocês, de que a agência divulgou no domingo passagens, considera que, mesmo em caso de independência, deve ser mantida a libra esterlina. “Seria do interesse da Escócia conservar a libra esterlina imediatamente após a proclamação da independência”, refere o documento, feito por conselheiros económicos de Alex Salmond.

Também para o Reino Unido é considerada benéfica uma tal opção, porque, qualquer que seja o resultado do referendo, a Escócia continuará a ser um “parceiro comercial chave”.

A Escócia representa cerca de 10% da economia do Reino Unido. Está ligada à coroa inglesa desde 1707. Tem, desde 1997, uma autonomia acrescida no seio do Reino Unido, que inclui também Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte.
 

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A declaração marca o arranque de uma campanha sobre as vantagens que, no entender do executivo, os escoceses têm. O referendo sobre a independência, aceite por Londres devido à pressão de Alex Salmond, chefe do Governo de Edimburgo e líder do partido nacionalista maioritário na Escócia, está marcado para o Outono de 2014.

“Com o seu próprio Governo e Parlamento no seio do Reino Unido, os escoceses podem tomar importantes decisões sobre a sua vida quotidiana” e “sem perderem os benefícios de fazerem parte do Reino Unido, e de terem uma palavra a dizer no seu futuro”, diz o texto, colocado no domingo na página de Downing Street na Internet.

“Os nossos antepassados exploraram o mundo juntos e os nossos avós foram juntos para o campo de batalha”, diz também o primeiro-ministro, numa mensagem – “Put simply: Britain works, Britain works well. Why break it?” ("Sejamos claros: a Grã-Bretanha funciona, a Grã-Bretanha funciona bem. Porquê acabar com isso?"), em que apresenta argumentos do “coração e [da] razão”.

A declaração de Cameron surge numa altura em que o apoio às posições independentistas parece em desvantagem. Uma sondagem do instituto Angus Reid Public Opinion, realizada a 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro, indica que 32% dos escoceses votariam nesta altura pela secessão. Posição contrária foi manifestada por 47%, que se declararam favoráveis à manutenção no Reino Unido.

O Governo de Londres está mobilizado para defender o actual figurino do Reino Unido e vai, a partir de agora, segundo a BBC, explicar em pormenor as vantagens que isso representa para a população e para as empresas da Escócia.

Uma eventual independência da Escócia coloca numerosas questões. A propriedade de importantes reservas petrolíferas do mar do Norte e o futuro da Escócia no seio da União Europeia são duas delas, como notou a AFP.

Um relatório encomendado pelo Governo escocês, de que a agência divulgou no domingo passagens, considera que, mesmo em caso de independência, deve ser mantida a libra esterlina. “Seria do interesse da Escócia conservar a libra esterlina imediatamente após a proclamação da independência”, refere o documento, feito por conselheiros económicos de Alex Salmond.

Também para o Reino Unido é considerada benéfica uma tal opção, porque, qualquer que seja o resultado do referendo, a Escócia continuará a ser um “parceiro comercial chave”.

A Escócia representa cerca de 10% da economia do Reino Unido. Está ligada à coroa inglesa desde 1707. Tem, desde 1997, uma autonomia acrescida no seio do Reino Unido, que inclui também Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte.