Investigadores portugueses desenvolvem pulseira para detectar febre em bebés

Pulseira muda de cor quando a temperatura dos bebés atinge os 38 graus celsius. Tecnologia pode vir a ser utilizada para controlo de qualidade dos alimentos.

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A pulseira não precisa de pilhas ou baterias para funcionar Daniel Rocha (arquivo)

Estas pulseiras inteligentes funcionam a partir de polímeros. “Seleccionámos dois polímeros de base e trabalhámos esse sistema até o tornar sensível à temperatura desejada”, disse em comunicado Filipe Antunes, coordenador do projecto.

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Estas pulseiras inteligentes funcionam a partir de polímeros. “Seleccionámos dois polímeros de base e trabalhámos esse sistema até o tornar sensível à temperatura desejada”, disse em comunicado Filipe Antunes, coordenador do projecto.

A técnica “tira partido do facto de haver moléculas que interagem bem entre si e outras que se ‘odeiam’”, explica o cientista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

A equipa quer agora incorporar este sistema numa pulseira que tem duas partes: a exterior é insensível à temperatura e a interior tem um reservatório que activa a mudança de cor da pulseira quando são atingidos os 38 graus.

A pulseira não necessita de pilhas ou baterias e os polímeros utilizados “não causam qualquer tipo de lesão ao bebé”, acrescenta Filipe Antunes. Um protótipo desta pulseira irá ser apresentado à indústria brevemente.

A tecnologia também está a ser adaptada para alimentos. Se os polímeros forem alterados para serem sensíveis a outras temperaturas, “o consumidor poderá saber se os produtos [como embalagens congeladas ou vinhos] foram mantidos à temperatura certa e se são adequados para consumir”, diz o comunicado.