Bulgária acusa Hezbollah pelo atentado contra autocarro que matou israelitas

O ataque ocorreu em Junho, mas só agora foi divulgada um relatório. UE pressionada para incluir milícia xiita libanesa na lista de organizações terroristas.

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No ataque morreram cinco turistas israelitas NIKOLAY DOYCHINOV/AFP

Tsvetan Tsvetanov disse aos jornalistas não ter dúvidas: “Comprovámos que dois dos autores do ataque eram do Hezbollah”, citou a Reuters.<_o3a_p>

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Tsvetan Tsvetanov disse aos jornalistas não ter dúvidas: “Comprovámos que dois dos autores do ataque eram do Hezbollah”, citou a Reuters.<_o3a_p>

As conclusões búlgaras (que estão incluídas num extenso relatório) podem levar a que a União Europeia se junte aos Estados Unidos e a Israel para classificar taxativamente a milícia xiita como uma organização terrorista, ainda mais se ficar provado que actuou em solo europeu.<_o3a_p>

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, disse que ainda era necessário examinar “seriamente” as implicações das declarações de Tsvetanov, afirmando que “a UE e os Estados-membros vão estudar a resposta apropriada em função de todos os elementos identificados pelos investigadores".<_o3a_p>

EUA e Israel já colocaram a pressão do lado da União Europeia. Washington, pela voz do conselheiro de segurança do Presidente Obama, John Brennan (designado como próximo chefe da CIA), pediu aos países europeus para tomarem “medidas preventivas” para desmantelarem as infra-estruturas do Hezbollah, bem com as suas redes operacionais e financeiras.<_o3a_p>

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pediu à UE para “tirar as suas conclusões quanto à verdadeira natureza do Hezbollah”. Israel acusa, desde o atentado na Bulgária, o Irão de ser o mandatário do ataque e o movimento xiita libanês de ser o executante.

No ataque em Burgas participaram três pessoas. Duas delas tinham passaportes verdadeiros da Austrália e do Canadá e, segundo o ministro do Interior búlgaro, obtiveram financiamento e estavam "em contacto com o Hezbollah”.<_o3a_p>