Roménia responde a Londres com campanha sobre vantagens de ser romeno

A ideia foi do jornal online Gandu.info. A campanha mostra os encantos da Roménia e os desencantos da Grã-Bretanha.

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Um dos cartazes da campanha DR

"Nós podemos não gostar da Grã-Bretanha, mas vocês gostarão da Roménia. Por que não vêm cá?", é o lema para toda a campanha que se desdobra em diferentes mensagens: "Os nossos jornais andam atrás das celebridades e não à escuta dos telefones das pessoas"; "O nosso Metro não foi desenhado tendo sardinhas em mente"; "A nossa cerveja de pressão é mais barata que a vossa água mineral" e "Metade das nossas mulheres parecem-se com Kate [Middleton]. A outra metade com a sua irmã", entre outros exemplos.

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"Nós podemos não gostar da Grã-Bretanha, mas vocês gostarão da Roménia. Por que não vêm cá?", é o lema para toda a campanha que se desdobra em diferentes mensagens: "Os nossos jornais andam atrás das celebridades e não à escuta dos telefones das pessoas"; "O nosso Metro não foi desenhado tendo sardinhas em mente"; "A nossa cerveja de pressão é mais barata que a vossa água mineral" e "Metade das nossas mulheres parecem-se com Kate [Middleton]. A outra metade com a sua irmã", entre outros exemplos.

O efeito político, esse, aconteceu na sexta-feira, quando eurodeputados da Roménia e da Bulgária dirigiram uma carta conjunta ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a lamentar o sentimento de serem tratados como cidadãos europeus de segunda classe, noticia a Reuters, que cita parte da missiva: "Acreditamos que uma vaga de declarações hostis desde o início do ano visa estigmatizar esses cidadãos como europeus de segunda classe que representam uma ameaça para os sistemas sociais simplesmente por quererem exercer os seus direitos básicos de liberdade de movimento e de trabalho."

Dias antes, o jornal britânico The Guardian avançava com a notícia quase certa embora não confirmada (mas também não desmentida) por um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro David Cameron de que o Governo Tory se preparava para lançar uma campanha a avisar romenos e búlgaros: "Não venham, porque não é bom viver aqui"; uma notícia acompanhada antes e depois por uma torrente de outras, na imprensa tablóide, a alertar para o perigo de uma avalanche de imigrantes romenos e búlgaros a partir de Janeiro de 2014.

É nessa data que termina o prazo dado a certos países que o quiseram, como o Reino Unido, para aplicarem restrições à entrada a trabalhadores da Roménia e Bulgária, os últimos dois países a entrarem na União Europeia (UE), em 2007. Findos os sete anos previstos, a 1 de Janeiro de 2014, o acesso ao mercado de trabalho para trabalhadores de ambos os países passa a ser livre.

O Governo Tory está sobre pressão da ala mais à direita do partido, mas também de algumas figuras do Labour para impedir a entrada de imigrantes destes dois países. Além da campanha publicitária, põem a hipótese, segundo a imprensa britânica, de limitar o acesso de romenos e búlgaros (que emigrem para o Reino Unido) aos benefícios sociais. Os democratas liberais (centristas) britânicos lembraram o Governo que tem de agir de acordo com a lei e tratar romenos e búlgaros como todos os outros cidadãos da União Europeia a partir do próximo ano.