António Borges diz que economia está equilibrada e não é preciso mais austeridade

O consultor para as privatizações do Governo diz que a privatização da RTP vai avançar e que o país tem de cortar despesa.

Foto
Consultor do Governo mantém confiança na privatização da RTP, apesar de sinais em contrário que partem do executivo Miguel Manso

“Os nossos compromissos, neste momento, são compromissos quase exclusivamente com a Europa. Nós já temos a economia equilibrada. Em muitos sentidos, já não precisávamos de mais austeridade nenhuma”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Os nossos compromissos, neste momento, são compromissos quase exclusivamente com a Europa. Nós já temos a economia equilibrada. Em muitos sentidos, já não precisávamos de mais austeridade nenhuma”.

Ao clarificar esta afirmação, António Borges avançou que Portugal não precisa, de facto, de mais austeridade: “[Austeridade] no sentido macroeconómico claro que não, porque já não temos défice externo”.

“É necessário cortar o défice público, é uma coisa totalmente diferente”. E, para conseguir a redução do défice público, o país não precisa de mais austeridade, mas sim de crescimento, defendeu o consultor do Governo para as privatizações.

“O essencial para evitar a bancarrota já desapareceu”, disse ainda o economista à Renascença.

RTP vai avançar
António Borges está confiante em relação aos avanços da privatização da RTP. O PÚBLICO avança nesta quinta-feira que a reestruturação do canal público está em cima da mesa, depois de Portas e Passos Coelho terem afastado, para já, um modelo de concessão ou privatização da RTP.

Mas António Borges afirmou nesta quinta-feira que a privatização da RTP “vai avançar” no sentido de “passar a gestão para o sector privado”. Este modelo, disse o consultor do Governo à Rádio Renascença, inclui todos os serviços da RTP, designadamente os dois canais e a rádio.

Questionado sobre se via problemas no envolvimento de alguns investidores no processo de privatização da RTP, o consultor do Governo para as privatizações defende que existem “vários interessados na RTP”, alguns dos quais portugueses e “pessoas por quem qualquer pessoa teria o maior respeito”.