Primeiro-ministro paquistanês afasta governo da província de Quetta

Manifestantes xiitas puseram fim a vigília de três dias e vão enterrar as vítimas dos ataques de quinta-feira.

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Milhares de xiitas estiveram durante três dias numa vigília com os corpos das vítimas junto ao edifício onde ocorreu o maior dos atentados, num bairro de maioria xiita de Quetta. Só esse atentado fez 92 mortos e 121 feridos. Os manifestantes exigiram a demissão do governo da província.

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Milhares de xiitas estiveram durante três dias numa vigília com os corpos das vítimas junto ao edifício onde ocorreu o maior dos atentados, num bairro de maioria xiita de Quetta. Só esse atentado fez 92 mortos e 121 feridos. Os manifestantes exigiram a demissão do governo da província.

“Decidimos impor a lei do governador durante dois meses no Baluchistão”, anunciou o primeiro-ministro, Raja Pervez Ashraf, que se deslocou a Quetta para se encontrar com os manifestantes. “É uma tragédia nacional e toda a nação está de luto”, acrescentou.<_o3a_p>

A governar a província ficará o governador do Baluchistão, com representantes da comunidade xiita.<_o3a_p>

Os manifestantes, que se recusavam a enterrar os mortos enquanto o controlo administrativo da cidade não fosse entregue ao Exército, aceitaram a solução e puseram fim ao protesto.<_o3a_p>

Estes atentados, que foram reivindicados pelo grupo sunita Lashkar-e-Jhangvi, fizeram aumentar a preocupação com a segurança no Paquistão, um país predominantemente sunita onde os xiitas representam 20% da população.<_o3a_p>