Reitores e laboratórios associados esperam que Governo reconsidere extinção da FCCN

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António Rendas, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, que está contra a extinção da FCCN Nuno Ferreira Santos

Reitores e laboratórios associados defendem que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) deve “reconsiderar a intenção anunciada” tendo em conta “as críticas dos especialistas”. As duas entidades decidiram mostrar conjuntamente a sua “firme e fundamentada discordância” da proposta de extinção da FCCN, criada em 1987, enumerando os contributos positivos da fundação no desenvolvimento das redes de comunicação e acesso a Internet pelas universidades.

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Reitores e laboratórios associados defendem que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) deve “reconsiderar a intenção anunciada” tendo em conta “as críticas dos especialistas”. As duas entidades decidiram mostrar conjuntamente a sua “firme e fundamentada discordância” da proposta de extinção da FCCN, criada em 1987, enumerando os contributos positivos da fundação no desenvolvimento das redes de comunicação e acesso a Internet pelas universidades.

“É a entidade que assegura o funcionamento das redes de comunicação electrónica nacionais e internacionais de todo o sistema científico e académico nacional através da Internet e o acesso electrónico do meio académico às revistas científicas internacionais”, lê-se no comunicado. “A FCCN dispõe e gere uma rede pública de fibra óptica de alta velocidade, assegurou a ligação das escolas e bibliotecas portuguesas à Internet e é responsável pela gestão dos domínios Internet e pela interligação de todos os operadores de Internet portugueses.”

CRUP e CLA criticam também o MEC por não os ter consultado previamente a esta decisão, considerando que dessa forma o Governo violou a lei e a autonomia universitária.

A extinção da FCCN tem merecido críticas dos cientistas e representantes das universidades, tendo levado mesmo à demissão do conselho executivo da fundação, no início desta semana, em discordância com a medida.