O dia das piores condições para os incêndios na Austrália

“A palavra catastrófico está a ser usada com bons motivos”, avisa a primeira-ministra, Julia Gillard, quando ardem 130 incêndios num estado do Sul.

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“Não podíamos ter condições piores do que estas, estamos à espera de chegar ao nível ‘catastrófico’”, disse ao início do dia aos jornalistas o responsável do serviço de bombeiros da zona rural do estado, Shane Fitzsimmons.

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“Não podíamos ter condições piores do que estas, estamos à espera de chegar ao nível ‘catastrófico’”, disse ao início do dia aos jornalistas o responsável do serviço de bombeiros da zona rural do estado, Shane Fitzsimmons.

Entretanto, quatro áreas em Nova Gales do Sul já foram consideradas como estando no nível “catastrófico” de perigo de incêndios, o que significa que se novos fogos se iniciarem serão incontroláveis, imprevisíveis e avançarão rapidamente, pelo que os habitantes devem sair.

“A palavra catastrófico está a ser usada com bons motivos”, afirmou a primeira-ministra, Julia Gillard. “É muito importante que as pessoas se mantenham a salvo, que oiçam as autoridades locais e os avisos locais”, pediu Gillard.

O que as autoridades dizem que este é um dos dias mais perigosos da história do país em termos de risco de incêndios, fruto da combinação entre pico de calor (45 graus Celsius) e rajadas de vento.

Os primeiros seis dias de 2013 entraram directamente para os 20 dias mais quentes de que há registo – e, pela primeira vez, a média nacional esteve acima dos 39 graus em cinco dias consecutivos. As temperaturas no Sul da Austrália deverão continuar a subir e espera-se que ultrapassem os 50 graus. 

Durante o fim-de-semana, dezenas de habitações foram arrasadas pelo fogo na ilha da Tasmânia, no Sul do país, e milhares de pessoas tiveram de deixar as suas casas.

A Austrália tem vastas regiões muito secas e os incêndios são habituais no país entre Dezembro e Fevereiro.