Sob pressão de Obama, democratas e republicanos voltam a tentar acordo orçamental
Líderes dos dois partidos do Senado estiveram reunidos com Presidente. Para os republicanos, foi uma “boa reunião”. Obama está optimista, mas está tudo em aberto.
A Casa Branca e a oposição republicana têm três dias para fechar um acordo orçamental, para que não sejam accionados, de forma automática, aumentos de impostos e cortes na despesa da ordem dos 600 mil milhões de dólares (cerca de 453 mil milhões de euros).
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A Casa Branca e a oposição republicana têm três dias para fechar um acordo orçamental, para que não sejam accionados, de forma automática, aumentos de impostos e cortes na despesa da ordem dos 600 mil milhões de dólares (cerca de 453 mil milhões de euros).
As negociações prosseguem depois de, na sexta-feira, o Presidente norte-americano se mostrar “moderadamente optimista” em relação a um consenso entre as duas forças políticas.
Os líderes democrata e republicano do Senado, uma das duas câmaras do Congresso, estiveram reunidos com Obama na Casa Branca. Depois do encontro, disseram que vão trabalhar durante este fim-de-semana a tempo de levarem uma proposta aos seus pares na tarde de domingo.
Obama mostrou-se convicto de que, até ao prazo-limite (o último dia deste ano), ainda é possível encontrar um plano que passe nas duas câmaras do Congresso, onde o Senado é controlado pelos democratas e a Câmara dos Representantes pelos republicanos.
Os senadores Harry M. Reid (democrata) e Mitch McConnell (republicano) “estão a trabalhar nesse acordo neste momento”, dizia Obama no final do dia de sexta-feira. O acordo pretendido pela Casa Branca deveria, “no mínimo”, poupar a classe média de aumento de impostos, defendeu.
Se não houver “fumo branco” a tempo entre os dois senadores, adiantou, a Casa Branca fará com que Reid apresente uma proposta para ser sujeita a votação no Congresso “que proteja a classe média de um grave aumento de impostos”. Um cenário que a revelar-se necessário para a Casa Branca terá lugar na segunda-feira, adiantou, por seu lado, o líder democrata do Senado.
Nas últimas semanas, democratas e republicanos não conseguiram desfazer o impasse nas negociações. Uma hipótese colocada em cima da mesa, na imprensa norte-americana, antes desta última intervenção de Obama, era a de as duas partes fazerem uma espécie de acordo de emergência, com o compromisso de voltarem a sentar-se à mesa para chegar a um compromisso final.
No caso de não haver qualquer entendimento a tempo, entrarão em vigor a 1 de Janeiro aumentos de impostos e cortes na despesa de forma automática. Em causa estão cortes fiscais negociados pela Administração Bush e também já por Obama, que terminam a 31 de Dezembro, assim como o congelamento imediato de despesa e de fundos do Pentágono.