Passos Coelho convicto de que Portugal atingirá défice de 5%

Primeiro-ministro comentou as críticas que lhe têm sido feitas nos últimos dias a propósito da sua mensagem natalícia publicada na quarta-feira no Facebook: "Nós não somos duas pessoas. Sou primeiro-ministro e também sou cidadão."

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Passos Coelho diz que os portugueses não têm razões para pensar que ele não faz o que é melhor para o país Nuno Ferreira Santos

Segundo dados revelados pelo INE, o défice público foi de 5,6% do PIB durante os primeiros nove meses do ano, uma descida face ao valor do primeiro semestre de 2012.

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Segundo dados revelados pelo INE, o défice público foi de 5,6% do PIB durante os primeiros nove meses do ano, uma descida face ao valor do primeiro semestre de 2012.

No final de uma visita ao Museu Machado de Castro, em Coimbra, onde foi recebido por manifestantes maioritariamente afectos ao Sindicato dos Professores da Região Centro, Passos Coelho afirmou que “as contas nacionais, que foram hoje [sexta-feira] apresentadas pelo INE, estão dentro da projecção que o Governo faz da evolução do défice até ao final do ano”.

“O nosso convencimento é de que é possível chegar à meta dos 5%, que obteve aprovação com a troika”, disse Passos Coelho.

Passos, que frisou que “o défice [tem vindo] sucessivamente a decair desde o ano passado, em termos comparados, e tem vindo também a decair em termos acumulados ao longo do ano”, demonstrou confiança no cumprimento da meta dos 5%. “Atingiremos a meta que estava estabelecida”, repetiu.

A polémica do Facebook
Questionado pelos jornalistas sobre a dupla mensagem de Natal que  endereçou aos portugueses – a institucional, transmitida pela RTP, e a que redigiu um dia depois no Facebook –, Pedro Passos Coelho respondeu que os cidadãos não têm razão para pensar que ele não faz o melhor para o país.

"Nós não somos duas pessoas. Sou primeiro-ministro e também sou cidadão", disse. E, logo de seguida, acrescentou que, apesar de não utilizar "o mesmo registo" com amigos e familiares e enquanto chefe de Governo, isso não significa que diga coisas diferentes. "Os portugueses não têm razão para pensar que, na qualidade de primeiro-ministro, deixo de fazer aquilo que entendo ser bom para o país", concluiu Passos Coelho.