Efromovich já entregou proposta de compra da TAP

O milionário colombiano-brasileiro cumpriu o prazo estabelecido pelo Governo e apresentou esta sexta-feira a oferta definitiva de aquisição da companhia.

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PS diz que não há "condições legais nem politicas" para que se mantenha o processo de venda da TAP Paulo Ricca

O Governo tinha estabelecido as 12h desta sexta-feira como o limite para que o investidor, único candidato à privatização da TAP, apresentasse a proposta vinculativa. O prazo foi cumprido, embora a pouco tempo do final.

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O Governo tinha estabelecido as 12h desta sexta-feira como o limite para que o investidor, único candidato à privatização da TAP, apresentasse a proposta vinculativa. O prazo foi cumprido, embora a pouco tempo do final.

Caberá à Parpública analisar, em conjunto com a administração da transportadora aérea, o conteúdo da oferta e preparar um relatório que será avaliado pela comissão especial criada para acompanhar a privatização da empresa.

Tal como o PÚBLICO noticia esta sexta-feira, o Governo pretende levar este tema a Conselho de Ministros, no dia 20 de Dezembro, estando a pressionar todos os intervenientes para anteciparem os prazos, de modo a conseguir cumprir esse objectivo.

Efromovich, que detém já duas companhias de aviação na América Latina (a Avianca Brasil e a Avianca, que surgiu da fusão entre a colombiana Taca e a peruana Taca), foi o único que apresentou uma proposta preliminar de compra, em meados de Setembro.

Não é certo ainda que fique com a TAP, visto que o Governo tem frisado que poderá desistir do process,o caso a oferta não satisfaça os interesses da companhia e do país. Caso tal aconteça, o investidor não terá direito a qualquer compensação financeira.

Mas, se vencer, Efromovich pretende fazer da transportadora área uma ponte entre a Europa e a América Latina, tendo já garantido que vai investir no seu crescimento e que vai manter a marca TAP. Para tal, terá de recapitalizar a empresa (que acumula capitais próprios negativos que rondam os 500 milhões de euros) e de assumir uma dívida de cerca de 1,2 mil milhões de euros. Face à situação deficitária da companhia, o encaixe desta privatização para os cofres públicos não será significativo.