Jean-Claude Pirotte recebe Goncourt de Poesia 2012

Poeta e artista plástico belga morreu em Junho

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Jean-Claude Pirotte DR

Pirotte, nascido em Namur em 1939, editou ainda mais dois livros de poesia nos anos 60, mas depois disso só voltaria a publicar já no início da década de 80. Um prolongado silêncio que se explica, pelo menos parcialmente, por razões biográficas. Formado em Direito, Pirotte exerceu a advocacia entre 1964 e 1975, quando foi proibido de exercer por alegadamente ter ajudado um cliente seu a evadir-se. Embora se tenha sempre declarado inocente do crime que lhe imputavam, foi condenado a 18 meses de prisão, o que o levou a fugir para França.

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Pirotte, nascido em Namur em 1939, editou ainda mais dois livros de poesia nos anos 60, mas depois disso só voltaria a publicar já no início da década de 80. Um prolongado silêncio que se explica, pelo menos parcialmente, por razões biográficas. Formado em Direito, Pirotte exerceu a advocacia entre 1964 e 1975, quando foi proibido de exercer por alegadamente ter ajudado um cliente seu a evadir-se. Embora se tenha sempre declarado inocente do crime que lhe imputavam, foi condenado a 18 meses de prisão, o que o levou a fugir para França.

Até à prescrição da pena, em 1981, levou uma vida errante. Regressado à sua cidade Natal, retomou a carreira literária, tendo desde então publicado cerca de meia centena de livros, vários deles premiados. Os seus títulos mais recentes, ambos já de 2012, são Ajoie, que ganhou o prémio Apollinaire, e Le Très Vieux Temps.

Quer como poeta, quer como romancista, Pirotte interessa-se pela vida quotidiana, e muitos dos seus poemas são marcados por paisagens e personagens de um mundo ainda marcadamente rural,  que pôde descobrir durante os seus anos de andanças clandestinas.