Secretário particular do Papa vai depor no julgamento do mordomo

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Paolo Gabriele compareceu na sessão esta manhã Foto: AFP

A primeira sessão do julgamento ocorreu este sábado, e foi suspenso ao final da manhã, após pouco mais de duas horas. Não era certo que Paolo Gabriele comparecesse hoje perante os juízes, mas acabou por estar presente. Vestia um fato cinzento claro, estava pálido mas sorridente e não falou, escreve a Reuters. O arguido deverá testemunhar na terça-feira.

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A primeira sessão do julgamento ocorreu este sábado, e foi suspenso ao final da manhã, após pouco mais de duas horas. Não era certo que Paolo Gabriele comparecesse hoje perante os juízes, mas acabou por estar presente. Vestia um fato cinzento claro, estava pálido mas sorridente e não falou, escreve a Reuters. O arguido deverá testemunhar na terça-feira.

Os três juízes leigos do Vaticano decidiram chamar a depor o secretário particular de Bento XVI, que foi quem denunciou Gabriele às autoridades em Maio. Segundo a AFP, a lista de testemunhas inclui ainda seis membros da polícia do Vaticano e uma mulher italiana ao serviço do Papa, Cristina Cernetti.

A pedido dos advogados, os magistrados aceitaram dividir o processo em dois: Claudio Sciarpelletti, o informático suspeito de ser cúmplice de Gabriele, será julgado à parte. Não foi estabelecida uma data para o início do seu julgamento.

De acordo com a Reuters, os juízes estabeleceram que os resultados da investigação desenvolvida separadamente pelos cardeais do Vaticano não vão ser usados em tribunal. O julgamento vai basear-se apenas na investigação levada a cabo pelas autoridades policiais daquele Estado.

O ex-mordomo, de 46 anos, pai de três filhos, está em prisão domiciliária desde final de Julho e sujeita-se a uma pena entre alguns meses e oito anos de prisão, de acordo com o El País.