Manuel Mozos e António-Pedro Vasconcelos com retrospectivas na Áustria e em Israel

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Manuel Mozos vai ser homenageado em Viena num ciclo organizado por Miguel Gomes Nuno Ferreira Santos

Considerado um dos mais discretos realizadores, Manuel Mozos será homenageado no Festival Internacional de Cinema de Viena, que decorrerá em Outubro e Novembro na Áustria, num ciclo intitulado “O fantasma do cinema”, organizado pelo realizador Miguel Gomes.

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Considerado um dos mais discretos realizadores, Manuel Mozos será homenageado no Festival Internacional de Cinema de Viena, que decorrerá em Outubro e Novembro na Áustria, num ciclo intitulado “O fantasma do cinema”, organizado pelo realizador Miguel Gomes.

O festival explica, no site oficial, que durante anos o cinema português esteve “entre os mais extraordinários e diversificados da Europa”, desde Manoel de Oliveira, nos seus 103 anos de vida, até uma “nova geração”, que inclui Miguel Gomes e João Pedro Rodrigues.
 
“Entre estes existem os mais marginais, os fantasmas, os esquecidos e ignorados. O mais bem escondido e talvez o mais importante, segundo [o realizador] Miguel Gomes, é Manuel Mozos”, sublinha a organização.
 
A convite de Viena, Miguel Gomes fez uma selecção de filmes de Manoel Mozos, entre documentários e ficção, como o premiado “Ruínas”, e as longas-metragens “Xavier”, feita nos anos 1990 e só estreada em 2002, e “Quando troveja” (1999).
 
Em complemento, o festival deu “carta-branca” a Manuel Mozos e este escolheu cinco filmes que traçam uma pequena história do cinema português: “Belarmino”, de Fernando Lopes, “O Bobo”, de José Álvaro Morais, “Recordações da casa amarela”, de João César Monteiro, “Trás-os-Montes”, de Antónios Reis e Margarida Cordeiro, e “Os verdes anos”, de Paulo Rocha.
 
Nascido em Lisboa, em 1959, Manuel Mozos é realizador, montador, argumentista e trabalha no ANIM - Arquivo Nacional das Imagens em Movimento.
 
Além de Manuel Mozos, também o realizador António-Pedro Vasconcelos, 73 anos, será homenageado fora de Portugal.
 
De acordo com o Instituto de Cinema e Audiovisual, o cineasta estará no domingo na cinemateca de Telavive para a abertura do ciclo de cinema que lhe é dedicado, com a exibição de “A bela e o paparazzo”, o mais recente filme, de 2010.
 
Até ao dia 30 serão ainda exibidos, do realizador, os filmes “O Lugar do Morto”, “Aqui D’El Rei”, “Jaime”, “Os Imortais” e “Call Girl”, nas cinematecas de Telavive e Haifa.