Emmanuel Nunes era "um exemplo singular de criatividade"

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Emmanuel Nunes levou a música "a transpor barreiras que se julgavam inultrapassáveis" Foto: Fernando Veludo

"Emmanuel Nunes era o mais reconhecido compositor português da actualidade e um exemplo singular de criatividade, aliando a elevada capacidade técnica e a solidez da sua racionalidade e capacidade de trabalho à inventividade permanente e à exploração do instinto", assinalou o secretário de Estado numa nota enviada à agência Lusa.

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"Emmanuel Nunes era o mais reconhecido compositor português da actualidade e um exemplo singular de criatividade, aliando a elevada capacidade técnica e a solidez da sua racionalidade e capacidade de trabalho à inventividade permanente e à exploração do instinto", assinalou o secretário de Estado numa nota enviada à agência Lusa.

Francisco José Viegas acrescentou que Emmanuel Nunes levou a música "a transpor barreiras que se julgavam inultrapassáveis", como ficou demonstrado nas Lichtungen, obras em que trabalhou durante uma década.

"Portugal perdeu, hoje, um talento cujo espírito contínuo de inovação criativa, assente na vontade e na perseverança, devemos seguir como exemplo de vida", considerou.

Emmanuel Nunes morreu hoje, num hospital em Paris.

O compositor, radicado na capital francesa, foi Prémio Pessoa em 2000 e vencedor do prémio Composição da Unesco em 1999.

A sua obra, repartida entre ópera, coro, música de câmara, é referenciada pelo partido que tira de conceitos como melodia e tonalidade e entre as suas obras principais contam-se Litanies du Feu et de la Mer e Voyage du Corps.