CGTP admite futuras acções de luta com a UGT

Foto
Carlos lamentou os protestos violentos PÚBLICO

“Estamos sempre disponíveis, como sempre estivemos, para promover unidade na acção com todos os trabalhadores, de acordo com uma discussão aberta, sem tabus e sem preconceitos”, sublinhou o líder da central sindical, depois de questionado pelos jornalistas sobre uma possível concertação de formas de luta em articulação com a UGT.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Estamos sempre disponíveis, como sempre estivemos, para promover unidade na acção com todos os trabalhadores, de acordo com uma discussão aberta, sem tabus e sem preconceitos”, sublinhou o líder da central sindical, depois de questionado pelos jornalistas sobre uma possível concertação de formas de luta em articulação com a UGT.

Arménio Carlos acrescentou que “hoje, mais do nunca, todos devem estar unidos para defender não só os seus direitos, mas também o futuro de Portugal”, sustentando que se perspectiva um ano de luta dos trabalhadores.

Um protesto que justifica pelo que “está a acontecer no país, com a redução de salários e do rendimento das famílias, com o aumento das desigualdades, com os lucros fabulosos dos grupos económicos e financeiros e a recapitalização da banca que é feita à custa dos nosso impostos”.

Em Leiria, salientou Arménio Carlos, os trabalhadores dos CTT “não estão apenas a lutar pela defesa dos seus direitos, mas também pela melhoria do serviço público de distribuição postal”, que está a ser posto em causa”, garantiu.

De greve até ao dia 21 de Julho, após o plenário desta manhã os trabalhadores decidiram “retomar a greve no dia 25 deste mês até 10 de Agosto”, informou a dirigente nacional do Sindicato nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Dina Serrenho.

A sindicalista disse ainda que a decisão de avançar para esta esta nova greve parcial, que começa ao segundo período de trabalho, pretende reforçar junto da administração dos CTT a determinação dos trabalhadores.

Dina Serrenho lamenta a retirada “de um horário que lhe garantia mais 200 euros por mês, com a agravante de existirem casais a trabalhar [no mesmo local]”, explicando que a exigência dos funcionários passa “pelo regresso ao trabalho às 6h, para que possam assegurar este subsídio e a qualidade do serviço”.

Já o responsável pela rede de atendimento e distribuição dos CTT a nível nacional frisou que a perda desse subsídio explica-se “pela alteração do horário nocturno, pelo tratamento automático” que permite operações com menor recurso a pessoal, bem como ao facto de Leiria ter perdido 20% do fluxo de correio.

Hernâni Santos destacou, contudo, que os CTT avançaram com “uma compensação correspondente a dois anos de subsídios”, que já foi paga aos trabalhadores afectados, garantindo que em todo o processo foram cumpridas as normas legais.