O cru venceu: Frankie Chavez está hoje no CCB

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Frankie Chavez vai ter dois convidados em palco: o baterista João Correia e Gonçalo Sousa (harmónica em alguns temas Rita Carmo

Quando hoje Joaquim Francisco Chaves pisar o palco do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, estará a viver um momento “muito especial”. É o palco maior pisado pelo músico que assina como Frankie Chavez e apareceu na música portuguesa apenas em 2009.

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Quando hoje Joaquim Francisco Chaves pisar o palco do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, estará a viver um momento “muito especial”. É o palco maior pisado pelo músico que assina como Frankie Chavez e apareceu na música portuguesa apenas em 2009.

“É uma ocasião muito especial porque é uma sala de grande peso onde já vi alguns concertos. Tenho um gosto enorme e sinto-me muito honrado”, diz Joaquim Francisco Chaves ao PÚBLICO. E tocar no CCB tem um “gostinho especial”. “Vivo perto de Belém”, justifica.

O concerto desta noite, o ponto alto da carreira de Frankie Chavez, integra-se na digressão de auditórios que, nos últimos meses, tem levado o músico a Portimão, Gafanha da Nazaré e a outros pontos do país. Em Março, esteve na Canadian Music Week, em Toronto, onde fez contactos com editoras e promotoras de concertos de vários países. 

No CCB, Frankie Chavez, uma one-man band que se acerca da folk e dos blues, apresenta-se com dois convidados, o baterista João Correia e Gonçalo Sousa (harmónica em alguns temas). “Vai haver um tema novo, vou tentar caprichar um bocadinho”, conta o músico, que lançou o álbum de estreia (e único), Family Tree, em 2011.

O projecto nasceu em 2009. Foi o convite de Henrique Amaro, radialista e divulgador de música portuguesa, para um concerto que determinou o rumo criativo de Chaves.

Até esse concerto, Frankie Chavez era um projecto de estúdio, construído meticulosamente, camada sobre camada, por Chaves. A necessidade de preparar uma actuação levou-o a assumir a responsabilidade de tocar ao mesmo tempo guitarra e percussão: Frankie Chavez tornava-se uma one-man band. “Apresentei cru e gostei de soar cru”, recorda. Os temas já gravados foram revistos à luz desta nova filosofia.

Entre o lote de instrumentos que Frankie Chavez carrega para os concertos, a guitarra assume o papel principal. Toca o instrumento desde os nove anos. Aos 19, descobriu a guitarra portuguesa, por influência do pai (o rock e os blues são culpa dos irmãos). Depois de tocá-la como manda a tradição, começou a explorá-la com diferentes afinações e novas formas de tocar – ei-lo agora a fazer, em alguns temas, blues em guitarra portuguesa.

O concerto no CCB começa às 21h00. Os bilhetes custam entre 13,5 e 16 euros. Depois de Lisboa, Frankie Chavez ruma a Famalicão, onde actuará sábado, na Casa das Artes, e, na próxima semana, ao México, onde participará no Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan, na Cidade do México.