Escândalo com prostitutas na Colômbia afasta seguranças de Obama

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O caso das prostitutas ofuscou boa parte das atenções mediáticas sobre a cimeira das Américas Foto: Joaquin Sarmiento/Reuters

Um dos dois supervisores foi demitido e o outro reformou-se – ambos tinham mais de 20 anos de experiência na agência – e o jovem agente também envolvido demitiu-se, foi confirmado pelo vice-director dos Serviços Secretos, Paul Morrissey, enquanto decorre ainda o inquérito.

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Um dos dois supervisores foi demitido e o outro reformou-se – ambos tinham mais de 20 anos de experiência na agência – e o jovem agente também envolvido demitiu-se, foi confirmado pelo vice-director dos Serviços Secretos, Paul Morrissey, enquanto decorre ainda o inquérito.

A investigação concluiu, entretanto, com os interrogatórios de dezenas de testemunhas na Colômbia, que mais de 20 prostitutas estiveram no hotel de Cartagena das Índias, onde um grupo de agentes secretos e militares, da equipa de segurança pessoal de Obama, passaram a noite de quarta-feira da semana passada, enquanto preparavam no terreno a chegada do Presidente àquele país.

Detectores de mentiras estão a ser usados nos interrogatórios dos acusados e sob investigação estão pelo menos 12 agentes secretos e soldados que integravam a delegação a Cartagena, alguns dos quais “não estavam directamente envolvidos na segurança do Presidente”, foi especificado por Morrissey. Todos os visados foram administrativamente dispensados de funções e viram ser-lhes retirados os privilégios de segurança, enquanto decorrem os inquéritos.

“Exigimos que todos os nossos agentes cumpram os mais elevados padrões profissionais e éticos e colaborem sem quaisquer reservas na avaliação deste caso”, avançou ainda o vice-director dos Serviços Secretos.

O escândalo rebentou no fim-de-semana – quando Obama estava em Cartagena a participar na cimeira – depois de uma prostituta se ter queixado à polícia de que um dos agentes norte-americanos não lhe tinha pago após ter recorrido aos seus serviços na quarta-feira anterior.

Em poucas horas, os agentes alegadamente envolvidos ou com conhecimento do sucedido na Colômbia foram chamados de regresso a Washington por “suspeitas de conduta imprópria”. Desde então a agência tem vindo a tentar gerir este embaraço que foi já definido como o maior na história dos serviços secretos norte-americanos.