João Proença vai dizer à troika que Portugal não é a Grécia

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Foto: Joana Freitas/Arquivo

O encontro com Proença, na sede da central sindical, está agendado para o início da tarde, depois da reunião dos elementos da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu com Seguro e outros responsáveis socialistas, na sede do PS.

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O encontro com Proença, na sede da central sindical, está agendado para o início da tarde, depois da reunião dos elementos da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu com Seguro e outros responsáveis socialistas, na sede do PS.

João Proença avançou à Lusa que a discussão deverá centrar-se em torno do acordo de Concertação Social assinado com o Governo e as confederações patronais, e ainda na reforma laboral e sobre a negociação colectiva.

“Vai ser uma reunião para nos ouvirmos mutuamente”, afirmou, lembrando que a UGT vai “aproveitar o encontro para dizer que defende o diálogo e a negociação colectiva para que Portugal não caia na situação da Grécia”.

Esta será a segunda vez que a central sindical se reúne com a troika. A primeira foi antes da assinatura do Memorando de Entendimento.

Os técnicos liderados por Poul Thomsen (FMI), Jürgen Kröger (CE) e Rasmus Rüffer (BCE) deverão permanecer em território nacional, a avaliar as metas do programa português, durante cerca de duas semanas, para decidir se recomendam ou não o desembolso da quarta tranche do empréstimo a Portugal.

Portugal recebeu até ao mês passado quase 40 mil milhões de euros do empréstimo do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, mais de metade do valor total acordado com as instituições em maio do ano passado.

A troika irá analisar de perto as reformas estruturais, a reestruturação do Sector Empresarial do Estado, as dívidas por pagar há mais de 90 dias e o panorama macroeconómico, entre muitos outros aspectos.