CGTP avança para greve geral a 22 de Março

Foto
No sábado, a CGTP organizou um protesto em Lisboa Foto: Nuno Ferreira Santos

Arménio Carlos, que esta tarde falava aos jornalistas na sede da CGTP no final do Conselho Nacional, guardou para o fim o anúncio da greve geral, confirmando o que dera a entender na manifestação do último sábado, em Lisboa. A paralisação, que diz ser “contra a exploração e o empobrecimento, pela mudança de políticas, pelo emprego, pelos salários, pelos direitos [e] pelos serviços públicos”, foi aprovada no órgão com um “consenso muito grande”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Arménio Carlos, que esta tarde falava aos jornalistas na sede da CGTP no final do Conselho Nacional, guardou para o fim o anúncio da greve geral, confirmando o que dera a entender na manifestação do último sábado, em Lisboa. A paralisação, que diz ser “contra a exploração e o empobrecimento, pela mudança de políticas, pelo emprego, pelos salários, pelos direitos [e] pelos serviços públicos”, foi aprovada no órgão com um “consenso muito grande”.

As duas últimas greves gerais, a 24 de Novembro de 2010 e de 2011, foram realizadas em conjunto com a UGT, mas esta última já adiantou que não vai aderir à greve de Março. João Proença, líder da sindical, comentou à Lusa que a paralisação se trata de “uma ‘pseudo’ greve geral, na medida em que é uma greve de protesto, sem objectivos definidos”.

Arménio Carlos sublinhou não ser “uma greve geral da exclusiva responsabilidade da CGTP”. “É uma greve geral que nós queremos que seja partilhada e assumida por todos os trabalhadores independentemente da sua filiação sindical”. Sem se referir directamente a qualquer sindicato ou central sindical, apelou a que, “independentemente do posicionamento que hoje têm relativamente às questões de ordem sindical”, reflictam e participem contra o “pacote” acordado com a troika.

Depois da assinatura do acordo de concertação social, CGTP e UGT lançaram críticas de parte a parte: primeiro, com o líder da UGT, João Proença a afirmar ter sido incentivado por dirigentes da CGTP a negociar o acordo; e, na última semana, com Arménio Carlos, o novo líder da Intersindical, a afirmar que as estruturas afectas à CGTP têm acolhido delegados sindicais que se desfiliaram entretanto da UGT.

Uma nova manifestação nacional na capital organizada com a Interjovem está agendada para 31 de Março e, pelo meio, a Intersindical vai ainda ter outro momento de acção em plenários de trabalhadores no sector privado e no público para assinalar o dia nacional da juventude, a 28 de Março.

A manifestação de dia 31, afirmou o novo líder da CGTP, exprime “não só um sentimento forte de combate ao desemprego juvenil e à precariedade que afecta esta camada da população, mas também para reafirmar” que um posto de trabalho permanente “tem de resultar um vínculo de trabalho efectivo”.

Notícia actualizada às 20h34

Acrescenta declarações de Arménio Carlos