O Estádio do Dragão voltou a venerar Lucho 1026 dias depois

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Foto: Adriano Miranda

A Taça da Liga, garantia dos responsáveis portistas, não é “uma prioridade”. Muitos titulares ficaram de fora, o apuramento estava praticamente garantido, a fria noite portuense era pouco convidativa e a última exibição dos “dragões” em Barcelos tinha sido pouco digna. Mas as bancadas estavam bem compostas no Dragão. Para os mais distraídos, os Super Dragões deram a resposta quando o árbitro Vasco Matos apitou para o início: “Lucho, Lucho, Lucho.”

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A Taça da Liga, garantia dos responsáveis portistas, não é “uma prioridade”. Muitos titulares ficaram de fora, o apuramento estava praticamente garantido, a fria noite portuense era pouco convidativa e a última exibição dos “dragões” em Barcelos tinha sido pouco digna. Mas as bancadas estavam bem compostas no Dragão. Para os mais distraídos, os Super Dragões deram a resposta quando o árbitro Vasco Matos apitou para o início: “Lucho, Lucho, Lucho.”

Para os adeptos do campeão nacional, o grande atractivo da última jornada do Grupo D da Taça da Liga era (re)ver Lucho González - o reforço Marc Janko foi relegado para um papel secundário. E a (re)estreia de Lucho (tal como a de Janko), não desiludiu nenhum adepto. Vítor Pereira lançou os dois reforços no “onze” e, após um princípio de jogo frouxo, Lucho levantou o estádio: aos 24’ recebeu a bola à entrada da área e, com um remate em arco, colocou-a no ângulo da baliza de Matos. Um regresso (mais do que) perfeito de “El Comandante”.

A perder (os sadinos necessitavam de ganhar para terem aspirações a seguir em frente), o V. Setúbal continuou a mostrar pouco. Bruno Ribeiro colocou em campo uma equipa com tracção atrás (4x5x1) e os vitorianos nunca mostraram argumentos para evitar a quinta derrota consecutiva em jogos oficiais.

Com a missão de Lucho cumprida na primeira parte, nos últimos 45 minutos foi a vez de Janko assumir (algum) protagonismo. O austríaco já tinha estado em evidência na primeira parte (remate em boa posição a sair ao lado), mas, a partir do minuto 57, começou um interessante duelo com Matos: grande defesa do guarda-redes após remate de cabeça do avançado. Se os 196 cm do austríaco confirmaram ser úteis, no jogo pelo chão não era tão fácil e, aos 62’, Janko, em boa posição, atrapalhou-se com a bola e deixou-se desarmar por Matos. Mas à terceira (68’) foi de vez: James foi à linha, centrou rasteiro e o austríaco só teve que empurrar para o fundo da baliza.

Para os portistas bastava um empate para garantir um lugar nas meias-finais da Taça da Liga, mas Lucho e Janko mostraram que a prova pode ser útil. Nem que seja para moralizar.

Positivo

Lucho GonzálezAbdicou de dinheiro para regressar ao FC Porto e os adeptos mostraram que estão gratos, incentivando o argentino do início ao fim. O golo foi a cereja no topo do bolo.

MatosCom Diego lesionado, Matos teve uma oportunidade de se mostrar e saiu-se bem. O experiente guarda-redes sadino salvou a equipa de sair do Dragão com derrota pesada.

Negativo

V. SetúbalÚltimo lugar na Liga, afastamento da Taça de Portugal pelo Mirandela e agora eliminação da Taça da Liga. Foi a quinta derrota consecutiva.

Ficha de jogo

FC Porto, 2


V. Setúbal, 0


Jogo no Estádio do Dragão, no Porto. Assistência: cerca 25.000 espectadores.

FC Porto: Bracali, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro (Álvaro Pereira, 63’), Fernando (Defour, 36’), Lucho Gonzalez, João Moutinho, Varela, Mark Janko e Cristian Rodriguez (James Rodriguez, 63’)Treinador Victor Pereira

V. Setúbal: Matos, Ney, Ricardo Silva, Igor, Miguelito, Bruno Amaro, Hugo Leal (Djikiné, 73’), Neca, Jorge Gonçalves (Rafael Lopes, 78’), Kiko (Targino, 46’) e Meyong Treinador Bruno Ribeiro

Árbitro: Vasco Santos, do Porto. Amarelos: Jorge Gonçalves (72’), Ney (82’) e Bruno Amaro (87’).
Golos 1-0, por Lucho Gonzalez, aos 24’ e 2-0, por Mark Janko, aos 67’

Notícia actualizada às 21h54