João Proença diz que foi incentivado por altos dirigentes da CGTP a negociar o acordo

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Foto: Carlos Lopes (arquivo)

“Eu acho que, para a CGTP, foi muito importante que a UGT tivesse feito o acordo, e quero dizer que até houve contactos particulares de dirigentes não socialistas da CGTP no sentido de incentivar a UGT a negociar, porque, se não houvesse negociação, não só havia um clima de conflito extremamente perigoso como, sobretudo, estaria em causa a actividade sindical”, disse João Proença numa entrevista na rádio Antena 1.

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“Eu acho que, para a CGTP, foi muito importante que a UGT tivesse feito o acordo, e quero dizer que até houve contactos particulares de dirigentes não socialistas da CGTP no sentido de incentivar a UGT a negociar, porque, se não houvesse negociação, não só havia um clima de conflito extremamente perigoso como, sobretudo, estaria em causa a actividade sindical”, disse João Proença numa entrevista na rádio Antena 1.

Questionado sobre se a referência a dirigentes não socialistas da CGTP significava dirigentes comunistas, foi peremptório: “Exacto”, respondeu. “Estou a falar de dirigentes da maioria da CGTP. Houve, claramente, mensagens nesse sentido, para que nós negociássemos e tentássemos criar condições para alterar as medidas”, explicou.

Atendendo a que a CGTP “não estava, minimamente, em condições de negociar, [pretendia] que a UGT pudesse negociar alguma coisa e tentar alterar algumas medidas”, explicitou o líder da UGT, que tem sido muito criticada por subscrever um acordo muito desequilibrado no sentido de favorecer as entidades empregadoras e desfavorecer os assalariados.

Nesta entrevista, emitida hoje de manhã e de que aquela rádio antecipou excertos, João Proença garantiu também que manteve o Partido Socialista informado sobre o andamento das negociações, mas que não sofreu qualquer pressão para assinar o acordo.