Movimento Occupy Wall Street tentou bloquear portos na costa oeste dos EUA

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Em Okland os manifestantes procuraram bloquear uma estrada de acesso ao porto Stephen Lam/Reuters

O protesto começou nesta segunda-feira e afectou sobretudo os portos de Long Beach e Oakland, na Califórnia, ou Portland, no estado de Oregon. O objectivo do movimento, que tem centrado o seu protesto no combate ao desemprego e à crise económica, era paralisar alguns portos da região, mas os manifestantes conseguiram apenas impedir o funcionamento de alguns terminais.

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O protesto começou nesta segunda-feira e afectou sobretudo os portos de Long Beach e Oakland, na Califórnia, ou Portland, no estado de Oregon. O objectivo do movimento, que tem centrado o seu protesto no combate ao desemprego e à crise económica, era paralisar alguns portos da região, mas os manifestantes conseguiram apenas impedir o funcionamento de alguns terminais.

Milhares de manifestantes juntaram-se em vários portos da costa Oeste, da Califórnia ao Alasca. Em Oakland, cerca de 150 trabalhadores do porto acabaram por ser mandados para casa devido aos protestos, as operações portuárias foram interrompidas por cerca de mil manifestantes.

Scott Olsen, veterano do Exército que ficou ferido durante confrontos com a polícia nos protestos de Outubro em Okland, juntou-se à manifestação onde os activistas gritaram “De quem são os portos? São nossos!”

O principal protesto ocorreu em Oakland. A presidente da autarquia local, Jean Quan, criticou a manifestação por considerar que prejudica “a cidade e os trabalhadores”. E adiantou: “As pessoas têm que pensar nas consequências desta paragem.”

As operações chegaram a estar interrompidas em sete terminais do porto, um porta-voz dos Occupy considerou a acção “um sucesso” e adiantou que apenas dois navios conseguiram atracar. Muitos camiões não puderam aproximar-se do local, mas o director executivo do porto, Omar Benjamin, disse ter havido apenas “interrupções esporádicas” e garantiu que o porto continuou operacional, adiantou a Reuters.

Junto ao porto, as opiniões dividiam-se. “Isto não é bom para a economia”, disse à Reuters Agustin Luna, de 39 anos, proprietário de um camião carregado de mercadorias que deveria fazer chegar a um navio. Outro camionista, Sean Martin, disse apoiar o bloqueio do porto. “Os salários têm caído constantemente”.

No porto de Long Beach juntaram-se cerca de 300 manifestantes, houve distúrbios e a polícia efectuou pelo menos duas detenções. Em San Diego também foram detidas quatro pessoas que tentavam bloquear uma estrada de acesso ao porto e em Seattle pelo menos 11 manifestantes foram detidos. Também em Bellingham foram detidas 16 pessoas que estariam a bloquear o acesso de comboios.

Os portos foram um alvo escolhido pelo movimento devido aos investimentos de empresas financeiras como a Goldman Sachs no sector portuário. Na convocatória pedia-se “um esforço coordenado para interromper a máquina económica que beneficia os indivíduos e as empresas mais ricas à custa da grande maioria de pessoas deste planeta”.