PCP condena eliminação de subsídio de professores do ensino especial proposta no OE

“Estamos a falar de professores especializados em ensino especial, que acompanham crianças em casa, que se deslocam a casa das crianças, que prestam auxilio à família quer na escola quer fora da escola e que têm um subsídio, uma gratificação mensal, de 106 euros”, afirmou o deputado comunista Miguel Tiago.

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“Estamos a falar de professores especializados em ensino especial, que acompanham crianças em casa, que se deslocam a casa das crianças, que prestam auxilio à família quer na escola quer fora da escola e que têm um subsídio, uma gratificação mensal, de 106 euros”, afirmou o deputado comunista Miguel Tiago.

Os comunistas vão pedir a eliminação dessa norma revogatória em sede de discussão do Orçamento do Estado, considerando que ilustra a “insensibilidade e crueldade” do documento.

“São pessoas que não recebem ao quilómetro que fazem, que se deslocam, muitas vezes, mais de 30 quilómetros entre a escola e as outras escolas do agrupamento que também têm que acompanhar e que ficarão sem esta gratificação”, sustentou, explicando que estes docentes têm necessariamente que deslocar-se entre escolas porque trabalham para todo o agrupamento.

Para o PCP, este é “um elemento que demonstra bem que o Governo, na área da Educação, não só tem o objectivo do desmantelamento completo do serviço público como inclusivamente o faz sem qualquer tipo de pudor social”.

Miguel Tiago considerou que não está a ser prestado “respeito pelo trabalho” dos docentes, nem pelos alunos, “crianças com necessidades educativas especiais e, neste caso particular, crianças com deficiência profunda”.