Mário Soares vê com “preocupação” défice nas contas da Madeira

“Vejo com preocupação, como é evidente”, afirmou Mário Soares, quando instado a comentar o ‘buraco financeiro’ nas contas da Madeira, mas escusando-se a fazer mais considerações sobre o assunto.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Vejo com preocupação, como é evidente”, afirmou Mário Soares, quando instado a comentar o ‘buraco financeiro’ nas contas da Madeira, mas escusando-se a fazer mais considerações sobre o assunto.

Mário Soares, que se deslocou à Universidade de Coimbra para participar na cerimónia de doutoramento ‘honoris causa’ do neurocientista António Damásio, disse, por outro lado, que “é preciso ter calma” em relação à situação financeira de Portugal e eventual necessidade do país ter de recorrer a um segundo resgate, ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e União Europeia.

“Há muitas pessoas que estão a exagerar as coisas, é preciso ter calma”, apelou o antigo chefe de Estado, questionado, pelos jornalistas, sobre a eventualidade de Portugal ter de pedir uma segunda ajuda externa, admitida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, durante a sua entrevista à RTP, na noite de segunda-feira.

“Neste momento é preciso ter calma e esperar”, sublinhou Mário Soares, confessando que não está “tão pessimista como isso”.

Mas, adiantou, não sabe se Portugal vai mesmo ter de recorrer a novo resgate -- “não faço ideia nenhuma, mas isso se verá”.

De todo o modo, “não vamos dizer cada vez mais que estamos como a Grécia, que estamos muito mal, que estamos cada vez pior”, apelou o ex-Presidente da República, concluindo que acha que Portugal não está como a Grécia.