Primeiro-ministro japonês insiste na saída do nuclear
“Não podemos aceitar um risco capaz de destruir a Terra, mesmo que tivesse uma hipótese num milhão”, disse Kan numa conferência sobre energia em Chino, na província de Nagano, citado pela agência de notícias Kyodo.
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“Não podemos aceitar um risco capaz de destruir a Terra, mesmo que tivesse uma hipótese num milhão”, disse Kan numa conferência sobre energia em Chino, na província de Nagano, citado pela agência de notícias Kyodo.
O sismo de magnitude 9 na escala de Richter e o tsunami que se seguiu, a 11 de Março, danificaram a central nuclear de Fukushima e fizeram com que Naoto Kan mudasse de opinião sobre o nuclear, reconhecendo que os riscos ultrapassam os benefícios, disse ainda.
“As energias renováveis vão levar a uma nova revolução industrial no Japão” e estas fontes de energia serão capazes de satisfazer as necessidades energéticas do país, acrescentou.
As declarações do primeiro-ministro surgiram depois de, na sexta-feira, um painel governamental de especialistas em energia e Ambiente ter definido uma estratégia para reduzir a dependência do nuclear no Japão.
Ontem, cerca de 1700 pessoas reuniram-se na cidade de Fukushima, no Nordeste do Japão, para exigir o fim da energia nuclear. "Desmantelem todas as centrais nucleares" era uma das frases ouvidas no protesto, a 50 quilómetros da central danificada. A acção foi da responsabilidade da organização japonesa contra as bombas atómicas e de hidrogénio.