Angela Merkel "convencida" de que Itália vai adoptar plano de austeridade

Foto
Tobias Schwarz /Reuters

O Governo liderado por Berlusconi “deve dar um sinal importante que é a adopção de um orçamento que responda às exigências da economia e de consolidação”, afirmou a chanceler, durante uma conferência de imprensa. “Estive ontem ao telefone com o presidente do conselho [Berlusconi] com este objectivo”, acrescentou Merkel.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Governo liderado por Berlusconi “deve dar um sinal importante que é a adopção de um orçamento que responda às exigências da economia e de consolidação”, afirmou a chanceler, durante uma conferência de imprensa. “Estive ontem ao telefone com o presidente do conselho [Berlusconi] com este objectivo”, acrescentou Merkel.

O Executivo italiano tem em cima da mesa um plano de austeridade de 40 mil milhões de euros que se prolonga até 2014, e que deverá ser aprovado pelo Parlamento “antes da pausa estival”, mas estas medidas não convenceram os mercados.

Os juros que pesam sobre a dívida italiana a 10 anos estão hoje num nível recorde, em redor de 5,4 por cento, o que é o dobro da taxa de juro que está ligada à dívida da Alemanha.

No entanto, Merkel disse estar “firmemente convencida” de que o Parlamento italiano irá rapidamente adoptar as novas medidas de austeridade, que foram qualificadas como “muito convincentes” pelo ministro alemão das Finanças.

Schäuble procurou desvalorizar os receios de contágio da crise à Itália, afirmando que essas especulações constituem “o nervosismo habitual antes destas reuniões” e que “não se podem levar muito a sério”.

A situação nos mercados está a pressionar os parceiros europeus a encontrarem rapidamente uma solução para a Grécia, que precisa de um novo plano de ajudas “a muito muito curto prazo”, referiu a chanceler alemã.

A líder do Governo alemão disse aliás que os parceiros europeus terão de acordar rapidamente uma solução, se possível antes de Setembro.