Juros da dívida pública em novos máximos nos mercados secundários

Foto
Os novos máximos registaram-se pouco antes de um novo leilão de dívida Pedro Cunha (arquivo)

A agência de notação de risco de crédito Moody´s descalssificou ontem a nota de risco da dívida pública nacional em quatro patamares, de Baa1 para Ba2, e hoje as taxas de juro implícitas às transacções com obrigações a dez anos, a referência nos mercados, escalavam para 12,075 por cento às 10h15, segundo os dados da agência Reuters (os que o PÚBLICO utiliza como fonte). É um novo máximo histórico desde que há euro e desde meados dos anos 1990, quando na segunda-feira estavam em 11,153 por cento no encerramento do mercado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A agência de notação de risco de crédito Moody´s descalssificou ontem a nota de risco da dívida pública nacional em quatro patamares, de Baa1 para Ba2, e hoje as taxas de juro implícitas às transacções com obrigações a dez anos, a referência nos mercados, escalavam para 12,075 por cento às 10h15, segundo os dados da agência Reuters (os que o PÚBLICO utiliza como fonte). É um novo máximo histórico desde que há euro e desde meados dos anos 1990, quando na segunda-feira estavam em 11,153 por cento no encerramento do mercado.

Nos restantes prazos mais comuns o cenário era semelhante, com os juros implícitos das obrigações a três e a cinco anos a escalaram àquela hora para novos máximos desde os anos 1990, em respectivamente 16,636 e 15,330 por cento. Estes valores, tal como os das obrigações a dez anos superaram os recordes registados no dia 27 do mês passado.

Para as obrigações a cinco anos e os títulos a um ano o cenário era semelhante, com os juros a dispararem para respectivamente 14,555 e 11,805, face a máximos anteriores de respectivamente 14,456 e 11,849 por cento.

Estes valores eram alcançados momentos anos de um novo leilão de títulos de dívida pública a três meses, que o IGCP tinha marcado para as 10h30.

As taxas implícitas registadas em relação aos mercados secundários resultam dos valores de transacções, ou apenas de intenções, comunicados às agências Reuters e Bloomberg por grandes operadores do mercado. Por se poder tratar apenas de comunicações voluntárias de um conjunto restrito de entidades, e por estes mercados serem pouco regulados, os valores das taxas implícitas não são muito exactos, deferindo entre as agências, e são particularmente vulneráveis à especulação.