Rumo à Liberdade

Esta história verídica de sobrevivência, acompanhando um grupo de fugitivos de um gulag siberiano durante a II Guerra numa caminhada épica, é filme à medida das forças de Peter Weir. Mas o resultado, inesperadamente, é uma maçada: embora reproduza de modo irrepreensível uma inimaginável experiência de resistência física e mental, há algo de errado quando uma história sobre gente que arrisca a vida em nome da liberdade nunca consegue fazer passar para o espectador a centelha de esperança que conduziu estes homens ao longo de milhares de quilómetros.

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Esta história verídica de sobrevivência, acompanhando um grupo de fugitivos de um gulag siberiano durante a II Guerra numa caminhada épica, é filme à medida das forças de Peter Weir. Mas o resultado, inesperadamente, é uma maçada: embora reproduza de modo irrepreensível uma inimaginável experiência de resistência física e mental, há algo de errado quando uma história sobre gente que arrisca a vida em nome da liberdade nunca consegue fazer passar para o espectador a centelha de esperança que conduziu estes homens ao longo de milhares de quilómetros.


Curiosamente, "Rumo à Liberdade" pode ser comparado a duas outras histórias de sobrevivência recentes - "O Atalho" de Kelly Reichardt e "Essential Killing" de Jerzy Skolimowski - no modo como recusa todo e qualquer sentimentalismo, mas no caso do filme de Weir, essa ausência de sentimentalismo e o esquematismo do esqueleto narrativo do filme casam mal com o fôlego épico mais convencional das imagens.