Maioria absoluta dos nacionalistas abre caminho a referendo na Escócia

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Salmond prevê adiar a consulta para a segunda metade da legislatura David Moir/Reuters

O SNP, que há quatro anos governa em Edimburgo com maioria relativa, elegeu 69 dos 129 deputados do Parlamento escocês, tendo sido o único beneficiário das perdas sofridas por conservadores, liberais-democratas e sobretudo trabalhistas que tiveram a sua pior votação na Escócia em 80 anos.

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O SNP, que há quatro anos governa em Edimburgo com maioria relativa, elegeu 69 dos 129 deputados do Parlamento escocês, tendo sido o único beneficiário das perdas sofridas por conservadores, liberais-democratas e sobretudo trabalhistas que tiveram a sua pior votação na Escócia em 80 anos.

Mal foi superada a fasquia da maioria absoluta – algo inédito desde a criação das instituições autónomas, em 1999 –, o primeiro-ministro Alex Salmond confirmou a intenção de avançar para o referendo, uma velha reivindicação dos nacionalistas. “Tal como o povo escocês renovou a confiança que tem em nós, também nós devemos mostrar que temos confiança no povo”, argumentou.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, felicitou Salmond e prometeu cooperar com o executivo regional, mas deixou claro que se oporá a qualquer iniciativa independentista: “Se decidirem fazer um referendo farei campanha para manter o Reino Unido intacto com todas as minhas forças.”

Esta não é, no entanto, uma ameaça imediata. Salmond só planeia realizar a consulta na segunda metade da legislatura – a prioridade é a reivindicação de maior autonomia financeira – e, segundo dados disponíveis, apenas 30 por cento dos cinco milhões de escoceses apoiam uma cisão com Londres.

Notícia actualizada às 17h59