População de tigres na Índia aumentou pela primeira vez em dez anos

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Em 2007 exitiam na Índia 1411 tigres selvagens Foto: Rafiqur Rahman/Reuters

Afinal ainda pode haver esperança para este felino que, no último século, sofreu um declínio populacional de 97 por cento, consideram conservacionistas, depois da notícia.

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Afinal ainda pode haver esperança para este felino que, no último século, sofreu um declínio populacional de 97 por cento, consideram conservacionistas, depois da notícia.

Segundo o jornal britânico “The Guardian”, o censo – que será divulgado amanhã pelo ministro indiano do Ambiente, Jairam Ramesh numa conferência internacional de peritos em tigres - diz que 1550 animais na Índia representam um aumento de dez por cento em relação a 2008.

Ainda assim, há espaço para dúvidas. Alguns conservacionistas lembram que o censo – realizado nas 39 reservas criadas para proteger o tigre - incluiu a região de Sunderbans, na Baía de Bengala, onde o número de tigres foi considerado demasiado difícil de monitorizar. Além disso, questionam o número porque o método utilizado no censo permite que o mesmo tigre seja contabilizado várias vezes.

Mas mesmo que existam hoje mais tigres naquele país, o seu território é cada vez menor. Na Índia, muitos tigres continuam a ser abatidos por caçadores ilegais e a perder território devido à destruição dos habitats naturais. O censo de 2007 lançou um alerta geral, ao constatar que apenas restavam na Índia 1411 tigres.

Segundo o jornal “Hindustan Times”, as áreas protegidas na Índia apenas têm capacidade para entre mil e 1200 tigres, com a actual área crucial para a espécie de 31.207 quilómetros quadrados. O ministro do Ambiente já admitiu que o país não consegue aumentar a sua área florestal.

“A população humana continua a crescer e isso significa menos presas, ameaças de fragmentação do habitat do tigre e um aumento do perigo de conflitos directos entre humanos e animais”, lembrou ao “The Guardian” MK Ranjitsinh, responsável pela organização Wildlife Trust of Índia. “Podemos ter vencido uma batalha, mas ainda temos de ganhar a guerra.”