Chantrapas

O georgiano radicado em França Otar Iosseliani é um "gosto adquirido" que tem visto a sua obra regularmente estreada entre nós, mas não nos parece que "Chantrapas", o seu mais recente filme e uma carta de amor ao acto físico de fazer cinema, não vai conquistar novos apreciadores para o seu universo. Reencontramos o seu habitual humor fantasista e a sua leveza de toque nesta história de um cineasta georgiano que enfrenta as vicissitudes do artista ambicioso num sistema totalitário e se muda para França à espera de dias melhores.

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O georgiano radicado em França Otar Iosseliani é um "gosto adquirido" que tem visto a sua obra regularmente estreada entre nós, mas não nos parece que "Chantrapas", o seu mais recente filme e uma carta de amor ao acto físico de fazer cinema, não vai conquistar novos apreciadores para o seu universo. Reencontramos o seu habitual humor fantasista e a sua leveza de toque nesta história de um cineasta georgiano que enfrenta as vicissitudes do artista ambicioso num sistema totalitário e se muda para França à espera de dias melhores.

"Chantrapas" tem qualquer coisa de testamento (Iosseliani está à beira dos 80 anos e tem rodado intermitentemente) e muito de pessoal (é um filme que invoca a sua própria experiência de cineasta maldito por trás da Cortina de Ferro). Mas sentimos alguma displicência em algumas derivas mais ou menos inconsequentes e, sobretudo, nos momentos "récita de amadores" para os quais se deixa escorregar demasiado, para já não falarmos do cepo absoluto que é o actor principal, Dato Tarielashvili. É fita simpática, mas esquecível.