Burlesque

Ninguém corre o risco de confundir "Burlesque" com um grande filme, mesmo que esta actualização pop dos velhinhos musicais de bastidores que a MGM produzia em série nos anos 1930 e 1940 tenha uma energia peculiar e um entusiasmo sincero que substitui, com vantagem, a total ausência de originalidade.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ninguém corre o risco de confundir "Burlesque" com um grande filme, mesmo que esta actualização pop dos velhinhos musicais de bastidores que a MGM produzia em série nos anos 1930 e 1940 tenha uma energia peculiar e um entusiasmo sincero que substitui, com vantagem, a total ausência de originalidade.


A história da ascensão ao estrelato da provinciana que conquista Los Angeles é contada pelo estreante Steven Antin com desenvoltura mesmo que sem inspiração, ora remetendo para os musicais clássicos mas sem a sua alma nem a sua elegância, ora perdendo-se na estética do teledisco ampliado para grande écrã. O que salva "Burlesque" do desastre é a sinceridade de não ser mais que a versão possível de um musical de segunda linha antigo e da sua satisfação em se limitar a reciclar os lugares-comuns do género. Não chega para o tornar num filme interessante, mas dá-lhe um inofensivo capital de simpatia.