722 telegramas tiveram por origem a embaixada em Lisboa

O seu conteúdo ainda não é conhecido e espera-se que nos próximos dias os primeiros comecem a cair no site — http://cablegate.wikileaks.org — que a organização liderada por Julian Assange criou especificamente para publicar o que a própria define como “o mais vasto conjunto de documentos confidenciais alguma vez tornados públicos”.

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O seu conteúdo ainda não é conhecido e espera-se que nos próximos dias os primeiros comecem a cair no site — http://cablegate.wikileaks.org — que a organização liderada por Julian Assange criou especificamente para publicar o que a própria define como “o mais vasto conjunto de documentos confidenciais alguma vez tornados públicos”.

Ao todo, são 251.287 telegramas trocados nos últimos 44 anos entre 274 embaixadas, consulados e missões diplomáticas dos EUA em todo o mundo e o Departamento de Estado norte-americano em Washington. Mais de 15 mil estão classificados como “secretos”.

Da correspondência com origem em Lisboa, a maioria (415) é informação não classificada, 292 são documentos confidenciais e 15 são secretos. O primeiro telegrama, datado de 24 de Maio de 2006, tem como temas genéricos “Fronteiras entre Estados, Territórios e Soberania”, “Relações Políticas Externas”, “Questões de Política Interna”, “Portugal” e “OSCE” e remete para o Fórum da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa que terminou nesse mesmo dia em Praga. O último, de 25 de Fevereiro deste ano, faz referência a “Terroristas e Terrorismo”, “Comunicações e Sistemas de Correios”, “Condições Económicas” e novamente “Relações Políticas Externas”.

O Iraque, que é de longe o país com o maior número de referências — mais de 15 mil — nos documentos agora tornados públicos, é citado por 12 vezes na correspondência enviada de Lisboa. O Afeganistão, onde os EUA travam actualmente a guerra mais longa da sua história, é referido em 33 telegramas.

No site foram já publicados 220 documentos na íntegra, mas nenhum envolve os serviços diplomáticos dos EUA na capital portuguesa.

Notícia actualizada às 3h20