Quem o viu e quem o vê: David Lynch

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"Dune", 1984 O insucesso da aventura de "Dune" pôs fim ao "flirt" de Lynch com as grandes máquinas comerciais pré-planeadas, ideia possibilitada pelo inesperado sucesso de "O Homem Elefante". E foi quando voltou a um universo radicalmente pessoal - tão pessoal que "pessoal" se faz sinónimo de "críptico" - que estreou o lendário "Blue Velvet". Estava-se em 1986 e há toda uma geração para quem aquilo foi uma bomba que lhe explodiu nas mãos e na cabeça. Lynch foi o grande "mindfucker" dos anos 80 (como Hitchcock nos anos 40 e 50, como Tarantino nos 90), ninguém como ele fez experiências com a cabeça dos seus espectadores. Continua a fazê-las - "Mulholland Drive", "Inland Empire" - mesmo se há algo neles que parece manter a perdição de almas num regime mais controlado. De qualquer modo, é o grande cineasta contemporâneo para todos os labirintos "psico" - psicológicos, psiquiátricos, psicotrópicos e por aí adiante. L.M.O.

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"Dune", 1984 O insucesso da aventura de "Dune" pôs fim ao "flirt" de Lynch com as grandes máquinas comerciais pré-planeadas, ideia possibilitada pelo inesperado sucesso de "O Homem Elefante". E foi quando voltou a um universo radicalmente pessoal - tão pessoal que "pessoal" se faz sinónimo de "críptico" - que estreou o lendário "Blue Velvet". Estava-se em 1986 e há toda uma geração para quem aquilo foi uma bomba que lhe explodiu nas mãos e na cabeça. Lynch foi o grande "mindfucker" dos anos 80 (como Hitchcock nos anos 40 e 50, como Tarantino nos 90), ninguém como ele fez experiências com a cabeça dos seus espectadores. Continua a fazê-las - "Mulholland Drive", "Inland Empire" - mesmo se há algo neles que parece manter a perdição de almas num regime mais controlado. De qualquer modo, é o grande cineasta contemporâneo para todos os labirintos "psico" - psicológicos, psiquiátricos, psicotrópicos e por aí adiante. L.M.O.